Mesmo contra impeachment, grupo adere à protesto pela saída de Dilma

São Paulo - Os principais movimentos que organizaram os protestos de 15 de março estarão juntos novamente no dia 12 de abril, quando está marcada uma nova manifestação em São Paulo e diversas cidades brasileiras. Mas apesar de coabitarem novamente o mesmo espaço e concordarem em diversos pontos, o Movimento Brasil Livre e o Vem Pra Rua divergem sobre o objetivo final. 
Marcado pelo Movimento Brasil Livre para pedir novamente o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o protesto do dia 12 recebeu a adesão do Vem Pra Rua no último domingo. O VPR, entretanto, é contra o impedimento da presidente, e já iniciou o trabalho de convocação de seguidores para um manifesto que terá como tema "Eles não entenderam nada".
A ideia, segundo o empresário Rogério Chequer, 46, porta-voz do Vem Pra Rua, é dizer que a reação do governo ao protesto do dia 15 foi considerada por eles dissociada da das reivindicações das ruas. Para o dia 12, o VPR definiu três principais bandeiras: a redução do número dos ministérios, transparência nos dados sobre os empréstimos do BNDES e o impedimento do ministro José Antonio Dias Toffoli da segunda turma do Supremo Tribunal Federal, que julgará os casos relacionados à Operação Lava Jato. 
O líder do MBL, o também empresário Renan Santos, 30, disse considerar importantes pautas como as reivindicadas pelo Vem Pra Rua, mas lembra que o manifesto do dia 12 foi convocado já no dia 15 de março e tem como pauta principal o pedido de impeachment da presidente Dilma. "Todas essas pautas são aderentes à pauta do impeachment, mas ninguém está saindo para a rua para pedir a redução dos ministérios", disse. 
"Estamos juntos nos acessórios mas não no principal", completa. Renan não vê problema em os dois ou mais grupos que estão organizado os atos de rua serem pautados por uma agenda comum. A ressalva fica por conta das organizações que pedem a intervenção militar. "Eles ficam gravitando com uma pauta que não concordamos", disse ele´. 
Renan diz que pensa em entrar com medidas judiciais contra grupos militaristas porque no dia 15, segundo ele, os grupos pró intervenção desrespeitaram a distância mínima entre os carros de som, como ficou acordado com a polícia militar.

Postar um comentário

0 Comentários