Cerca de 20 imóveis começaram a ser construídos e não foram terminados.
Com a falta de segurança, locais já são usados para esconder criminosos.
Cerca de 20 casas populares abandonadas preocupam moradores do bairro Cecap, emMairinque (SP). O conjunto habitacional começou a ser construído há cinco anos, mas nunca foi concluído. A preocupação de quem vive ali é com a falta de segurança, já que os imóveis viraram ponto de encontro de usuários de drogas, moradores de rua e até de criminosos.
No local, não há placa informando de quem é a responsabilidade sobre a obra. As casas não têm portas nem janelas, e, enquanto nenhum destino é dado a elas, algumas são invadidas e ocupadas de forma irregular. Algumas estão todas pichadas por dentro. Para os moradores, o abandono do conjunto habitacional é um desrespeito com aqueles que sonham com a casa própria.
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"Nem eu, nem os vizinhos ficamos sossegados. Você sai para ir até a esquina, no mercado, e a criança está brincando, você não fica sossegado, tem que levar junto. Você tranca sua casa para sair. Não tem segurança", afirma o encarregado administrativo Marcos Aurélio Alves, morador do bairro.
A dona de casa Janaína Tambelli diz que passa pelo mesmo problema. "Eu não tenho nem como deixar as crianças brincarem aqui. Tem pessoas estranhas, que a gente não conhece, então não tem nem condição de deixar eles brincarem na rua. Quando deixa, a gente fica olhando", conta.
Segundo a Polícia Militar, apesar das casas estarem abandonadas, o índice de ocorrências no local é baixo. Mesmo assim, a PM informou que vai intensificar o patrulhamento. Já a prefeitura de Mairinque disse que a construção das casas foi um convênio firmado com o Ministério das Cidades em 2008, por meio do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), mas, desde que o convênio foi formalizado, houve dificuldades na execução das obras, como a rotatividade de construtoras.
Ainda segundo a prefeitura, a continuidade das obras estava sendo estudada, mas no ano passado, o Governo Federal reduziu o contrato e o valor do repasse. Desde então, o município busca soluções para entregar as casas, mas não deu prazo para que isso seja decidido.
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