O Parlamento da Venezuela autorizou neste domingo (15) Nicolas Maduro a governar por decreto até o final do ano. O presidente disse que precisa de plenos poderes para lutar contra o “imperialismo” dos Estados Unidos.
Em uma sessão agitada, os deputados do Partido Socialista, que têm a maioria na Câmara, adotaram o texto que concede amplos poderes para o presidente Nicolas Maduro. Para o presidente, as recentes declarações dos Estados Unidos representam uma ameaça à segurança nacional.
“Os [Estados Unidos] querem colocar as mãos na riqueza da Venezuela exatamente como eles fazem em outros países”, disse a deputada Tania Diza ao apresentar o projeto de lei.
Já os deputados da oposição disseram que Maduro está apenas explorando uma situação diplomática tensa com os Estados Unidos para ampliar seus poderes, justificar a repressão e desviar a atenção da população dos problemas econômicos do país.
A Venezuela registra a inflação mais alta entre os países da América do Sul e enfrenta uma escassez de diversos produtos, inclusive medicamentos e alimentos.
Eleito em 2013 após a morte de Hugo Chávez, Nicolas Maduro atravessa uma queda da popularidade por causa da crise econômica. Mas, segundo pesquisas de opinião, ele pode reconquistar o apoio da população graças ao sentimento patriótico e antiamericano.
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