Alumínio:Exposição mostra um outro lado da cidade

Jornal Cruzeiro do SulQuando se fala do município de Alumínio, a primeira lembrança que vem à mente de muitas pessoas é a da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), uma das maiores produtoras do mundo desse metal. Esta, porém, não é a única imagem do município. Com o propósito de mostrar um outro lado da cidade, o fotógrafo Adriano Ávila produziu novos cartões postais para Alumínio, que hoje completa 22 anos de emancipação.

As dez imagens nos cartões postais não são as únicas produzidas pelo fotógrafo, de 41 anos. Ávila fará uma exposição de fotografias, que integra a programação oficial de aniversário da cidade, no dia 22 de abril. O evento será na Biblioteca Pública Municipal Antônio Pereira Ignácio, que fica na avenida Engenheiro Antonio de Castro Figueirôa, 100, a partir das 19h30, com entrada gratuita.

Segundo Ávila, a ideia da exposição é mostrar um novo lado da cidade e algumas mudanças que ocorreram no município nos últimos anos. "As pessoas quando pensam em Alumínio pensam brutalidade por causa da CBA, mas Alumínio tem um lado suave, um lado bonito. E é isso que eu quis retratar", disse. "Além disso, a exposição terá fotos de pontos que não existem mais, como a antiga prefeitura da cidade", complementou.

Entre as 20 imagens, estarão expostas fotos da represa de Itupararanga, que passa por Alumínio. "Sou meio bicho do mato, gosto da represa. As minhas fotos preferidas da cidade são as de lá", comentou o fotógrafo que nasceu em São Roque, mas que viveu grande parte da vida em Alumínio. "Eu só nasci em São Roque, mas sou de Alumínio. Fiquei dez anos fora, trabalhando em São Paulo, mas agora estou de volta", disse.

Além do Brasil, Ávila já expôs obras na Holanda, nos Estados Unidos, na Austrália e na China. Também é colaborador da NationalGeographic, Terra, Horizonte Geográfico e Raça.


História


Não por acaso foi dado o nome para a cidade de Alumínio. A história do município começa em 1889, quando o empresário Antônio Proost Rodovalho encontrou reservas de calcário na Fazenda Santo Antônio, perto de São Roque. Na época, ele montou no local aquela que é considerada a primeira fábrica de cimento portland do país, com capacidade de produção de 25 mil toneladas por ano.

Anos depois, o empresário José Ermírio de Moraes passou a administrar os negocios de Rodovalho. E, no início da década de 1940, a CBA foi criada com o objetivo de produzir 7 mil toneladas de alumínio por ano. Os trabalhos na fábrica, porém, começaram 15 anos depois.

Com o desenvolvimento industrial e econômico local, motivado pela expansão da CBA, a população de Alumínio, até então um bairro de Mairinque, demonstrou desejo pela emancipação. A primeira Comissão Pró-Emancipação foi formada em 1983. A separação, entretanto só ocorreu em 1991, por meio de plebiscito. (R.G.)

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