Júri popular que definiu sentença durou aproximadamente nove horas.
Crime aconteceu em outubro de 2013, no bairro Goianã, em São Roque.
Um homem acusado de matar um casal a tiros em 2013, em São Roque (SP), foi condenado a 40 anos de prisão. O júri popular que definiu a sentença foi realizado na última terça-feira (14) e durou cerca de nove horas. Orani Lopes da Rocha, de 52 anos, já está preso há quase dois anos por ter matado Alessandra Soares de Oliveira e Samuel Silva, que eram seus inquilinos em um imóvel no bairro Goianã, após uma discussão devido a atrasos no pagamento do aluguel.
De acordo com o promotor de Justiça, Washington Luiz Rodrigues Alves, o júri entendeu que Orani é responsável pelo homicídio doloso qualificado, pegando 20 anos de detenção por cada vítima - totalizando 40 anos de reclusão. "Por vingança, em virtude de atrasos de pagamento de alguns meses de aluguel, ele [Orani] matou o casal", explica.
O advogado de defesa, Jorge Rabello, afirmou ao G1 que vai recorrer ainda nesta quarta-feira (10) da sentença determinada pelo júri popular. "Eu vou pedir a anulação do júri e que seja realizado um novo com o objetivo de pedir a redução da pena de 20 para 12 anos, ou seja, de qualificado para simples, já que houve um crime sobre influência de forte emoção", frisa o advogado de defesa.
Por conta disto, Rabello explica que o rapaz está sob recurso de apelação da sentença de prenuncia. "Se o tribunal aceitar o meu pedido, ele vai ser absolvido e liberado, mas se resolverem manter a acusação, ele também poderá ir à júri popular como o pai só por ter acompanhado ele e ficado do lado de fora, sem saber de nada", acrescenta o advogadoO filho de Orani, Emerson da Rocha, de 24 anos, também está preso em Capela do Alto desde outubro de 2013, por suspeita de envolvimento no caso. Na dia do crime, Emerson acompanhou o pai até a casa das vítimas, mas afirmou durante depoimento à polícia que "viu o pai arrombando a porta e que ficou na entrada da casa, dentro do carro, enquanto o pai discutia com os inquilinos. Porém, disse que não sabia que o pai estava armado e que atiraria no casal".
Única testemunha
A única testemunha do caso foi o irmão de Alessandra, Airton Gomes dos Santos Oliveira. No dia do crime, ela ligou para o irmão pedindo ajuda por causa de uma discussão com Orani. "Naquele dia, logo no domingo de manhã, ela [a irmã] me ligou falando que o Barba [apelido do Orani] e o filho dele estavam muito alterados dentro da casa dela. Daí eu saí correndo, quando eu cheguei lá, ouvi o último disparo e o Orani saindo armado da casa, e o filho dele já estava dentro do carro", conta o irmão.
A única testemunha do caso foi o irmão de Alessandra, Airton Gomes dos Santos Oliveira. No dia do crime, ela ligou para o irmão pedindo ajuda por causa de uma discussão com Orani. "Naquele dia, logo no domingo de manhã, ela [a irmã] me ligou falando que o Barba [apelido do Orani] e o filho dele estavam muito alterados dentro da casa dela. Daí eu saí correndo, quando eu cheguei lá, ouvi o último disparo e o Orani saindo armado da casa, e o filho dele já estava dentro do carro", conta o irmão.
Ao ver o Orani saindo da casa, Airton disse ao G1 que chegou a questioná-lo porque estava dando tiro e a única coisa que ele disse foi que "o que tinha que fazer, já tinha feito". O irmão disse não saber o motivo da irmã e o cunhado terem sido assassinados. "Eu acho que não teria pagamento atraso, eu também não sei o motivo. Eu queria perguntar pra ele o motivo dele ter matado a minha irmã e o meu cunhado", finaliza.
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