Taxistas protestam contra serviço de motorista chique

Folha de S.Paulo

Taxistas protestaram ontem no centro da capital contra a Uber, serviço de aplicativo de celular que permite chamar motoristas particulares em carros de luxo.
Eles fizeram uma carreata até a Câmara Municipal.
Segundo a PM, a manifestação reuniu 2.500 motoristas; o sindicato fala em 5.000.
Os manifestantes afirmam que a Uber está prejudicando o trabalho dos taxistas e põe em risco a segurança dos passageiros. Com o aplicativo, o usuário chama o veículo, sempre de luxo, na cor preta, e com ar-condicionado.
A tarifa varia de acordo com o percurso e é o mesmo independente do horário.
Criado em 2009 nos Estados Unidos, a Uber funciona na capital desde agosto e não é regulamentado pela prefeitura (leia texto abaixo).
Ontem, o protesto começou por volta das 11h30, na praça Charles Miller, de onde os taxistas seguiram até o centro.
Houve transtornos no trânsito. Na Câmara, eles foram recebidos por uma comissão de vereadores.
Resposta
O porta-voz da Uber no Brasil, Fabio Sabba, disse que o aplicativo é legal.
"A inovação e os avanços da sociedade sempre precedem as regulações e a Uber quer ser regulada", afirmou. Segundo ele, o serviço prestado é diferente do dos táxis. "São duas categorias de transporte distintas –um é transporte individual público (táxi) e o outro um transporte individual privado, a Uber", disse.
Segundo ele, os carros "são sedãs, com menos de três anos de uso, banco de couro e ar-condicionado sempre ligado".
A empresa não informou quantos veículos estão cadastrados.
Em nota, a Uber disse ainda que é "uma empresa de tecnologia que criou uma plataforma que conecta motoristas parceiros particulares a usuários que buscam viagens seguras".

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