Alckmin usa menos rigor do que propõe contra menores

Folha de S.Paulo

Ao mesmo tempo em que defende uma mudança na lei para ampliar para oito anos o tempo máximo de internação de adolescentes que cometerem infrações graves, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) mantém poucos jovens internados pelo período máximo hoje permitido, de três anos.
O projeto que endurece o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e, no caso de infrações graves, eleva o tempo máximo de internação de três para oito anos é bandeira de Alckmin na área da segurança pública.
A contradição aparece em levantamento de 3.712 infrações cometidas por menores na capital paulista e que resultaram em 1.356 internações.
Desse total, 88 são autores de infrações de estupro, latrocínio (morte em assalto) e homicídio qualificado -equivalentes a crimes hediondos.
Apenas 12 ficaram internados por mais de dois anos.
E só um deles pelo tempo máximo.

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1 Comentários

  1. A própria matéria já desmente o título. Não é o governador quem determina o tempo de internação do menor infrator, é a justiça: "Quem decide pela soltura é a Justiça", frase do 6º parágrafo. Como a própria matéria também diz, as internações mais longas não devem ser para todos, apenas nos casos mais graves. Mas parece que o jornalista Reynaldo Turollo Jr. Apenas quis responsabilizar o Alckmin por um problema que ele está tentando resolver, mas que depende do Congresso Nacional.

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