Pedro Martins
do Agora
O Ministério da Saúde reduziu e atrasou a entrega para os municípios do inseticida malathion, usado no fumacê para combater o mosquito da dengue, o Aedes aegypti.
No Estado de São Paulo, as secretarias estadual e municipal da Saúde confirmam ter recebido quantidades menores do produto, ao menos desde o mês passado.
O órgão estadual diz que desde janeiro o deficit é de 12 mil litros de inseticida, entre o que foi pedido e o que chegou.
A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) afirma ainda que não recebe nenhum repasse há mais de um mês e que um produto genérico, chamado lambdacyalotrin e oferecido pelo ministério, não resolve o problema.
Segundo a pasta, a substância original teria eficácia de 90% no combate ao Aedes aegypti, enquanto o genérico alcançaria 40%.
Já a prefeitura, administrada por Fernando Haddad (PT), afirma que, apesar do atraso na entrega do inseticida, ainda possui produto em estoque e diz que o trabalho de combate ao mosquito não foi prejudicado.
A gestão diz que no dia 30 de abril pediu 400 litros de inseticida, mas só recebeu a metade.
De acordo com a prefeitura, o ministério afirmou que vai regularizar a situação até o fim deste mês.
Resposta
O Ministério da Saúde afirma que São Paulo foi o Estado que recebeu o maior estoque do inseticida malathion desde o início de 2015.
Para a pasta, não há desabastecimento do produto.
O ministério diz que "devido a uma maior utilização do produto malathion, alguns Estados apresentaram redução de estoque, caso de São Paulo".
No entanto, o órgão afirma ter o genérico lambdacyalotrin disponível em estoque, para repasse imediato.
O ministério diz ainda ter concluído a compra de nova remessa do produto original, que deve chegar aos Estados em junho.
A prefeitura não soube informar quando nem se a Brasilândia já recebeu fumacês.
Disse apenas que o serviço foi feito em 150 mil imóveis, sem especificar bairros.
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