Cai o número de consultas médicas na gestão Haddad

Silvana Ferreira reclama da queda no atendimentos

Folha de S.Paulo

O número de consultas nas AMAs (unidades municipais que prestam assistência médica ambulatorial, geralmente casos de menor gravidade) caiu 21% em 2014, no segundo ano de mandato de Fernando Haddad (PT). Foram 5,8 milhões, contra 7,3 milhões no ano anterior.
Marca do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) na área da saúde, as AMAs funcionam 12 horas por dia, de segunda a sábado, e são administradas por convênios ou contratos da prefeitura com as chamadas organizações sociais de saúde (OSs).
Nas UBS (Unidade Básica de Saúde, que fazem atendimento com hora marcada), a quantidade de consultas se manteve quase estável. elas passaram de 7,98 milhões para 7,99 milhões.
A prefeitura aponta razões como a demanda maior que a oferta de médicos disponíveis no mercado e a distância, a violência e a falta de estrutura do entorno, no caso das unidades nas periferias, como motivo para a falta de profissionais nas AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais).
Teoricamente, a administração indireta paga melhores salários, que podem chegar a R$ 15 mil para 40 horas semanais, diz a prefeitura.
Na rede municipal, o salário médio para igual período passou de R$ 7.700 para R$ 11 mil em maio.
Em maio de 2016, passará a R$ 12 mil.
Ao notar queda de 21% no atendimento das AMAs 12 horas no meio de 2014, o secretário municipal de Saúde, José de Filippi Júnior, disse que chamou as organizações para conversar. "É preocupante", disse.
O secretário defende o programa federal Mais Médicos. Não fosse a iniciativa, diz Filippi, São Paulo teria tido 1 milhão de consultas a menos em 2014. Filippi Júnior disse que não basta aumentar o salário, mas dar condições melhores de trabalho.

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