Câmara dos Deputados aprova texto-base de mais uma MP do ajuste

Brasília - O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 13, o texto-base da Medida Provisória 664, que muda as regras para a concessão de pensão por morte. Foram 277 votos à favor, 178 contra e uma abstenção. A segunda votação da noite foi marcada por tumulto e empurra-empurra por causa de cartazes no plenário e manifestantes ligados à Força Sindical mostrando as nádegas na galeria da Câmara.
Os sindicalistas, que passaram toda a votação hostilizando os governistas, foram retirados da galeria. Mais uma vez PMDB, PT, PRB, PSD, PR, PCdoB e PROS votaram com o governo. O PDT se somou ao bloco oposicionista e votou contra a MP. Contrariando mais uma vez a recomendação de seu partido, o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) disse que votou sim porque "o PT destruiu o Brasil". Na semana passada, o parlamentar também votou à favor da MP 665. "Não quero que as pessoas continuem perdendo o emprego, sem poder pagar a conta de luz", justificou no microfone. A partir de agora, os parlamentares começarão a discutir os destaques da MP.
Com a aprovação desta quarta, já são duas MP do pacote do ajuste fiscal de Dilma aprovadas pela Câmara. Na semana passada, em votação mais apertada, a MP 665, que altera regras para acesso ao seguro-desemprego, foi aprovada com apenas 25 votos de diferença. Na ocasião, sindicalistas ligados à Força Sindical também marcaram presença nas galerias da Casa e chegaram a jogar notas de "PTrdólares" com fotos de Dilma, do ex-presidente Lula e do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, preso na Lava Jato.
Segunda vitória. Mais cedo, na primeira votação para decidir sobre a admissibilidade da proposta o governo demonstrou força no plenário e conseguiu 278 votos à favor, 167 contra e apenas uma abstenção.
PMDB, PT, PRB, PSD, PR, PCdoB, PROS orientaram suas bancadas a votar favorável à admissibilidade. Já PSDB, DEM, PPS, PSB, PDT e Solidariedade se colocaram contrários. O PV liberou sua bancada.
Durante a votação, sindicalistas da Força Sindical, que acompanham a apreciação da MP da galeria da Câmara, vaiaram os governistas. A oposição insistiu no discurso de que o trabalhador está pagando a conta dos gastos do governo. "A presidente transfere a responsabilidade do ajuste econômico para quem menos tem", acusou o líder do DEM, Mendonça Filho (PE). 
Já o governo prega que a MP visa garantir a sustentabilidade da Previdência Social. "Queremos que ela continue sendo uma Previdência pública", defendeu o relator da MP, deputado Carlos Zarattini (PT-SP).

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