Segurança máxima no julgamento de Fernandinho Beira-Mar

<p>Como forma de garantir a segurança do julgamento, o Tribunal de Justiça vai dispor de um portal de raio-x e detector de metal.</p>
Espera-se que pelo menos, 200 homens do Departamento Penitenciário Nacional (Depen); Polícia Federal e da Polícia Militar irão assegurar a segurança do julgamento do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. O julgamento acontece nesta quarta-feira, às 13h, no 1º Tribunal do Júri, no Fórum do Rio, no Centro. O então Chefe do Comando Vermelho (CV) é acusado pelo homicídio qualificado dos integrantes da facção criminosa rival Amigos dos Amigos (ADA) Ernaldo Pinto Medeiros, o Uê, Marcelo Lucas da Silva, o Café, Wanderley Soares, o Orelha e Carlos Alberto da Costa, o Robertinho do Adeus, ocorridas em 2002.
O Jornal O Dia informa que durante todo o dia, os serviços de inteligência das polícias do estado e federal vão monitorar a cidade. E ainda, uma cela no presídio Bangu 1, no Complexo de Gericinó, já está reservada, se for necessária a permanência do criminoso na cidade.
Como forma de garantir a segurança do julgamento, o Tribunal de Justiça vai dispor de um portal de raio-x e detector de metal no 9º andar, onde fica o 1º Tribunal do Júri, com capacidade para 86 lugares na plateia. No dia 4, o juiz Fábio Uchôa, que comandará o júri, autorizou que Beira-Mar tenha entrevista pessoal com o seu advogado José Maurício Neville de Castro Júnior durante o júri.
Serão ouvidas dez testemunhas, entre elas, Celso Luís Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém. Beira-Mar, que cumpre pena por outros crimes no presídio federal de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná, chegará em avião da Polícia Federal ao Rio e, do aeroporto, será levado de helicóptero para o Tribunal de Justiça, informa o Dia.
Fernandinho Beira-Mar pode ser punido com até 30 anos de prisão, em cada assassinato. De acordo com as investigações, ele foi o responsável por abrir caminho para invadir as galerias onde os rivais estavam presos. Beira-Mar é considerado o bandido mais procurado do país, e foi preso em 2001, na Colômbia. Um ano e meio depois, ele foi o responsável por comandar a rebelião de Bangu 1.
Estima-se ainda que o julgamento poderá durar até a madrugada.

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