Com represa seca, pescadores vivem em vila fantasma

Regiane Soares

do Agora
Mogi das Cruzes - O ditado popular "o mar não está para peixe" é uma realidade para os pescadores da vila de Taiaçupeba, em Mogi das Cruzes (Grande São Paulo). Só que, no caso deles, é a represa de Taiaçupeba, um dos reservatórios que integram o sistema Alto Tietê, que não está mais fornecendo seu principal sustento. E não é conversa de pescador.
Como consequência da crise da água, o peixe está cada vez mais escasso na represa. E sem o pescado, a vila está perdendo seus moradores. Dos nove pescadores profissionais que viviam à margem da Taiaçupeba, seis foram tentar a vida em outras regiões do Estado. Hoje apenas três vivem no local, na esperança de que grandes pescarias voltem à rotina.
Há cinco anos, na época em que as represas do Alto Tietê estavam com 80% da capacidade, cada um deles pescava cerca de 100 kg de peixe por dia. As redes vinham repletas de tilápias, carpas, bagres e lambaris, que eram vendidos para atravessadores, que revendiam o pescado para comerciantes da capital. Contam que tinham uma renda mensal que variava entre R$ 1.600 e R$ 2.000.

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