Com faixas, os manifestantes consideram obra um crime ambiental.
Construção foi retomada em 2014 após quase um ano de embargos.
Um grupo se reuniu na Rodovia Castello Branco, na tarde deste domingo (12), para protestar contra a construção de um aeroporto, em São Roque (SP). Com faixas estendidas no viaduto, na altura do quilômetro 68,5 da rodovia, os manifestantes alegaram que a obra é considerada um crime ambiental, já que pretende desmatar uma área de vegetação natural de aproximadamente 2 milhões de metros quadrados.
A autorização para exploração da área foi dada em agosto de 2013, mas uma liminar da 1ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo determinou no dia 10 de setembro de 2013 o embargo das obras do aeroporto de São Roque para a verificação dos riscos ambientais. A decisão estabeleceu multa diária de R$ 10 milhões, até um total de R$ 500 milhões, caso a construtora e proprietária do empreendimento insistisse nas obras.
Em julho de 2014, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), embargou administrativamente a obra do aeroporto porque a construção havia sido iniciada sem licença. Vistoria constatou danos como a supressão de mata nativa em área de proteção ambiental e a empresa foi multada em R$ 5,1 milhões.A medida atendeu a ação movida pela associação de moradores do condomínio vizinho do empreendimento. A construtora entrou com um recurso, mas o órgão decidiu manter o embargo e as obras só foram retomadas em maio de 2014 e a previsão de conclusão é no segundo semestre de 2016.
No final de agosto, o Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) deu parecer favorável ao empreendimento, mas exigiu o cumprimento de 98 exigências para a continuação das obras. Apesar disso, moradores do entorno perceberam que a movimentação na área continuava. Foi então que decidiram conseguir uma decisão judicial de embargo, com multa diária pesada caso a empresa insistisse na obra.
O empreendimento tem investimento previsto de R$ 1,2 bilhão e será construído às margens da Rodovia Castello Branco. Com capacidade para até 200 mil pousos e decolagens por ano, o aeroporto terá duas pistas - a maior delas com 2.470 metros de extensão -, além de centros de serviço e manutenção de aeronaves e helicópteros, torre de controle, terminal de passageiros e heliporto.
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