Paulistas lembram a Revolução de 1932

 

   


"Uma comoção única na história brasileira, o maior movimento popular que o Brasil já teve." Assim o professor e historiador Adilson Cezar resume a Revolução Constitucionalista de 1932, lembrada hoje pelos seus 83 anos. O movimento armado dos paulistas contra as tropas federais, cujo objetivo era destituir o governo provisório de Getúlio Vargas e promulgar uma nova Constituição, levou centenas de sorocabanos à frente de batalha e envolveu toda a cidade, sem distinção de classe social ou sexo.
 
Adilson Cezar destaca alguns pontos de Sorocaba que são parte da história da Revolução. O prédio da Estação Ferroviária, ainda que em outra configuração, marcou a fabricação, em uma de suas oficinas, de um dos trens blindados que atuou na batalha no sul do Estado. A Catedral Metropolitana foi palco de dezenas de missas rezadas pelo monsenhor Domingos Magaldi antes do embarque de homens para a batalha. E a Santa Casa atendeu muitos dos feridos em combate. "O movimento de 32 consolidou a identidade do ser paulista." Segundo o historiador, o combate serviu como norte ao crescimento e fortalecimento do Estado, que passava por uma grande transformação entre os séculos 19 e 20. "De repente apareceram arranha-céus, conglomerados gigantescos, estradas de ferro, trens, toda uma inovação tecnológica, mas como ficaria o passado paulista? A pobreza fez com que os Bandeirantes arregaçassem as mangas e lutassem contra as adversidades. Em vez de criar um rompimento, deram uma linha reta à pujança paulista."
 
Data terá solenidade e desfile, a partir das 9h
Para lembrar a passagem do dia 9 de Julho, feriado comemorativo da Revolução Constitucionalista de 1932, uma solenidade será realizada a partir das 9h na praça Nove de Julho, no centro de Sorocaba. O evento será realizado em parceria entre a Prefeitura de Sorocaba, Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba (IHGGS) e a Associação Memória da Revolução Constitucionalista de 32.
Haverá ato cívico e desfile da Polícia Ambiental, Polícia Rodoviária, Corpo de Bombeiros, Tiro de Guerra, Guarda Civil Municipal (GCM), Fuzileiros Navais, Jeep Clube, Grupo de Escoteiros e alunos da escola municipal Getúlio Vargas, além de familiares dos soldados sorocabanos. Para as comemorações pela data, o entorno da praça Nove de Julho, no Centro, ficará interditado para o tráfego de veículos das 7h às 13h.
Os motoristas que estiverem na avenida Eugênio Salerno e desejarem seguir até a avenida General Carneiro, no sentido bairro, deverão utilizar as ruas Goiás e Amazonas como opção de desvio do evento. Quem estiver na avenida General Carneiro em direção ao Centro poderá seguir pelas ruas Dimas de Melo, Almirante Barroso, Francisco Ferreira Leão e Duque de Caxias, chegando assim à rua Moreira César para retomar seu caminho. Já os veículos que vierem das ruas Sete de Setembro e Penha para acessar a avenida General Carneiro também utilizarão o desvio pelas ruas Goiás e Amazonas, valendo-se do corte no canteiro central da avenida Eugênio Salerno.

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