Posto deixa de distribuir remédio, reclama paciente

Regiane Soares

do Agora
O porteiro desempregado Carlos Alberto Schitini, 44 anos, que tem uma doença grave de circulação reclamou da falta de um remédio na farmácia de alto custo da AME Maria Zélia, no Belenzinho (zona leste).
Ele foi até a unidade, na semana passada, para retirar uma caixa de Venovaz 450 mg, mas foi informado de que o remédio não será mais distribuído.
Sem a medicação, Schitini disse que suas pernas incham e corre o risco de ter uma trombose.
"Não posso ficar nem muito tempo em pé nem sentado. Por isso não tenho condições de trabalhar", afirmou.
A caixa com 60 comprimidos custa cerca de R$ 100 nas farmácias, mas a família alega que não tem condições de pagar.
"Meu pai é aposentado e minha mãe é dona de casa. Já temos custos com outros remédios. Não temos como pagar", afirmou.
Resposta
A Secretaria Estadual de Saúde, responsável pela farmácia de alto custo da AME Maria Zélia, informou que uma revisão feita por uma equipe técnica, "com base em evidências científicas", concluiu que o Venovaz 450 mg "não tem eficácia comprovada em tratamento de vasculopatias" (problemas de circulação), o problema de Carlos Alberto Schitini.
Por isso, o remédio deixou de ser distribuído na farmácia de alto custo.
Segundo a secretaria, o paciente Schitini será orientado a procurar seu médico para substituir a receita por outro remédio integrante da lista do SUS, disponível na rede pública de saúde.

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