Taxista xará do Uber reclama de concorrência desleal

Uber Sampaio Cavalcante, 25 anos, critica aplicativo

Tadeu Nunes

do Agora
Um taxista de São Paulo tem um motivo especial para ficar de olho na polêmica envolvendo sua profissão e o Uber, o serviço de táxi de luxo pela internet.
Uber Sampaio Cavalcante, 25 anos, tem o mesmo nome do aplicativo proibido em projeto de lei aprovado na Câmara Municipal (ainda falta uma votação e a sanção do prefeito Fernando Haddad).
Mas a coincidência não reduz as críticas de Cavalcante ao serviço. Para ele, o aplicativo causa uma "concorrência desleal" para os taxistas.
"Nós temos que passar por várias coisas para exercer a profissão. Somos organizados e aí os caras vem querer entrar na praça sem pagar taxa, sem fazer curso... Isso é desleal", afirma o taxista.
Cavalcante afirma que os colegas de profissão tiram sarro do seu nome e que o chamam de "Uber Clandestino".
"Não sei há quanto tempo o aplicativo existe, mas em São Paulo, eu sou o verdadeiro Uber", brinca.
O nome, segundo seu pai, é uma homenagem à Uberlândia (MG), onde sua família morou por três anos antes de seu nascimento.
Ele nasceu em Diadema (ABC).
Resposta
O Uber diz que o serviço prestado por seus motoristas serve para "complementar aos outros meios de transporte públicos da cidade, sendo um transporte privado individual, completamente diferente de táxi".
Em nota, a empresa também afirma que os taxistas podem se beneficiar com o uso do aplicativo, pois ele abre mais uma opção de renda para motoristas profissionais.
Entre os motivos citados para rebater o argumento de "concorrência desleal", o Uber cita taxas que seus motoristas têm que pagar, como o ISS (Imposto Sobre Serviços), da qual os taxistas são isentos.

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