PSOL pede que PGR investigue Alckmin por entrada da PM em escola

03/05/2016 17h30 - Atualizado em 03/05/2016 17h30


PSOL alega que governador de SP cometeu ‘abuso de autoridade'.
Representação pede ainda investigação do secretário de segurança de SP.

Nathalia PassarinhoDo G1, em Brasília
O líder do PSOL na Câmara, Ivan Valente (SP), e a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP) protocolaram nesta terça-feira (3) representação na Procuradoria-Geral da República na qual pedem que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o secretário de Segurança Pública de SP, Alexandre de Moraes, sejam investigados em razão da ação da Polícia Militar na escola técnica Centro Paulo Souza.
O partido aponta suposto abuso de autoridade, desrespeito à decisão judicial e violência arbitrária, na ocupação da PM à escola, que teria sido ordenada por Alckmin e Moraes. A PGR decidirá se pede abertura de inquérito para investigar as condutas ou se arquiva a representação.
Estudantes de escolas da rede estadual e de Escolas Técnicas (Etecs) ocupam desde quinta (28) da semana passada o edifício do Centro Paulo Souza. Eles protestam contra o esquema de desvio de verba para a compra da merenda escolar e os cortes nos repasses para a educação.
Nesta segunda (2), a PM entrou na escola, sob o argumento de que precisava garantir o acesso de funcionários ao prédio.
No fim do dia de segunda,  a Justiça de São Paulo deu 72 horas para que a Secretaria da Segurança Pública explicasse a ação da Policia Militar. Na representação protocolada na PGR, o PSOL destaca que não havia mandado judicial que autorizasse a entrada da PM.
“A operação policial orquestrada pelo governo do Estado foi claramente planejada com o objetivo de reprimir e desmontar, violentamente e sem ordem judicial, a manifestação legítima dos estudantes paulistas, que lutavam pela concretização de direitos fundamentais, como a educação pública, gratuita de qualidade”, diz o partido.

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