Com número recorde, Time Brasil tem novatos que querem mostrar serviço



Delegação brasileira terá 465 atletas na olimpíada


O Brasil vai entrar na Olimpíada com uma delegação formada majoritariamente por novatos. Dos 465 atletas que representarão o País nos Jogos, 316 estarão pela primeira vez nesta competição. Além disso, algumas modalidades estreiam, como badminton, ginástica de trampolim e hóquei sobre grama.
O perfil dos atletas é o mais variado possível, com representantes de quase todos os estados e até de outros países. E é nesse caldeirão de sotaques que o Brasil tentará atingir sua melhor colocação na história dos Jogos, justamente no momento que entra em ação com o maior número de atletas.

Foto: Fabio Motta/Estadão
Robert Scheidt
Robert Scheidt, acima, vai em busca de sua sexta medalha olímpica.
A jogadora Izabella Chiappini, por exemplo, fará sua estreia nos Jogos Olímpicos junto com o polo aquático feminino, pois o Brasil nunca conseguiu participar da competição antes. A menina de 20 anos é um grande talento da nova geração e atuará justamente em casa.
“A preparação está sendo boa. Fomos para China, Itália, Holanda, Espanha e estamos treinando forte. Mas sabemos que será muito difícil, porque as outras seleções já vêm treinando há muito mais tempo. De qualquer forma, a gente espera ter uma boa atuação para tentar uma boa colocação”, diz.

Foto: Daniel Teixeira/Estadão
 Bruna Takahashi
Ao centro, Bruna Takahashi vai estrear como a mais nova atleta do Time Brasil.
Sua família é toda voltada para o polo aquático. Seus pais jogaram, seu irmão joga e a relação sempre foi dentro da piscina. “Desde pequena eu convivo com isso. Ficava na borda da piscina vendo eles treinarem”, conta Iza, que tem hoje o pai como auxiliar da seleção brasileira.
O grande talento da menina é na hora de decidir. Artilheira por onde passa, foi eleita a segunda melhor jogadora do mundo e sonha alto. “Espero que nossa participação na Olimpíada ajude o polo aquático. Na minha carreira, espero jogar mais edições dos Jogos e quero ser considerada a melhor jogadora do mundo. Eu sempre treinei bastante, mesmo depois de acabar as atividades, e acho que também tem um pouco de talento envolvido”, afirma.
O caso de Iza é semelhante ao de outras atletas. Aos 22 anos, a atacante Bia, da seleção feminina de futebol, vai disputar os Jogos pela primeira vez.”É um sonho sendo realizado”, disse a jogadora, que é tricampeã sul-coreana pelo Hyundai Red Angels. Hospedada com o restante do time na Vila dos Atletas desde o início da semana, ela afirmou que o clima olímpico ajuda. “É o melhor possível pra gente. A Olimpíada é nosso sonho, nosso foco e nosso objetivo.”

O ginasta Sérgio Sasaki é outro que já se sente plenamente um atleta olímpico. E esse sentimento aumentou no domingo, quando ele chegou à Vila. “A expectativa era grande. Todo mundo queria vestir esse uniforme do Time Brasil e vir para a Vila para sentir o espírito olímpico”, afirmou. “Estar aqui dentro da Vila já ajuda a aumentar o foco na competição.”
A experiência olímpica ajuda a transformar os atletas. Mesmo que as chances de medalha sejam remotas, para alguns atletas passar por esse teste é importante para o futuro. Bruna Takahashi, do tênis de mesa, foi chamada para os Jogos do Rio e é a atleta mais nova da delegação, com 16 anos.
Nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no ano passado, ela era apenas uma promessa e nem convocada foi. Mas os bons resultados na reta final a colocaram na equipe e agora ela terá a chance de adquirir experiência para muitas outras Olimpíadas que pode ter pela frente.
Esse foi o caso de Ana Sátila, da canoagem slalom. Nos Jogos de Londres ela era a caçula da delegação, com apenas 16 anos, mas agora chega ao Rio com uma experiência de Olimpíada nas costas e até com chance de brigar por uma medalha.
“Creio que cresci no esporte com essa experiência. Na época não consegui alcançar vaga nas semifinais, mas hoje estou mais maduro e chego com mais responsabilidade. Em 2012 tudo era novo, hoje consigo driblar mais isso e focar nos meus objetivos”, explica.
VETERANOS
O Time Brasil também conta com atletas experientes. São 149 atletas que já disputaram uma Olimpíada antes e que vão ajudar o País a ir em busca das medalhas. O velejador Robert Scheidt, por exemplo, vai em busca de sua sexta medalha: ele tem duas de ouro, duas de prata e uma de bronze.
No total, dos 465 atletas do Time Brasil, 36 já subiram ao pódio. Entre os vitoriosos estão nomes como Jaqueline, Sheilla, Thaisa e Serginho, do vôlei, Sarah Menezes, Mayra Aguiar, Rafael Silva e Tiago Camilo, do judô, e Arthur Zanetti, da ginástica artística, entre outros.
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