247 - O agravamento da crise após o golpe parlamentar que levou Michel Temer ao poder e os seguidos cortes na redução de recursos destinados aos programas voltados para a população mais pobre ameaçam agora o Mais Médicos.
Mais da metade dos 1.302 profissionais contratados para atuar em mais de 600 localidades estão sem receber seus salários desde fevereiro - cada um recebe cerca de R$ 12 mil. Eles foram contratados, por determinação do governo Temer, para substituir os cubanos que atuavam no programa. O Ministério da Saúde diz que houve problema no cadastramento e prometeu regularização em abril.
"Sem o Mais Médicos muitos municípios não tinham capacidade de fazer o atendimento de atenção básica à saúde. Com o Mais Médicos, os municípios viabilizaram esse atendimento. O município perder os médicos do Mais Médicos significa desatender uma população que estava sendo atendida. Então é realmente muito preocupante. É desesperador", disse o presidente da Associação Brasileira de Municípios, Eduardo Tadeu Pereira, em entrevista à Rádio CBN nesta terça-feira 28.
Apesar do atraso no pagamento, o governo pretende substituir mais 4 mil médicos cubanos que hoje atuam no programa.
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