Leonardo Costas
Especial para o UOL Notícias
Em Praia Grande (SP)
Especial para o UOL Notícias
Em Praia Grande (SP)
Duas investigadoras da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Praia
Grande (71 km de São Paulo) foram roubadas nesta terça (26) no momento em que
faziam uma diligência em frente a casa de uma pessoa que seria intimada.
O trio de bandidos, armado de revólver, levou a pistola ponto 40 de uma
das vítimas, a chave da viatura (para evitar perseguição), documentos e outros
pertences. Antes de sair, efetuaram três disparos, sendo que um acertou o pneu
do carro, outro penetrou no assento do banco do motorista e o terceiro,
provavelmente, foi dado na direção das vítimas, mas não as atingiu.
Tânia Fernandes e Anna Martelo foram dominadas assim que estacionaram o
veículo. A primeira foi rendida quando se dirigia a residência e entregou seu
revolver aos bandidos. A segunda não portava arma de fogo e ainda estava na
viatura quando foi surpreendida pelos assaltantes. Durante a ação dos
marginais, ambas foram obrigadas a deitar-se no chão. Assim que eles deixaram o
local, as polícias Civil e Militar foram chamadas pelo rádio. O trio ainda não
foi encontrado.
A ação de bandidos tem sido frequente em Praia Grande. No final de
junho, um turista foi assassinado no calçadão da orla da praia. Caio Flores
reagiu a um assalto e não quis entregar sua máquina fotográfica. A vítima
entrou em luta corporal, e o ladrão atirou duas vezes. As balas atingiram o
peito e o pescoço do rapaz, que morreu logo após dar entrada no hospital.
O paulistano Roni Maia frequenta o município litorâneo há mais de 20
anos, mas diz sentir receio. “Eu nunca fui assaltado, mas vejo pouco
policiamento nas ruas. Além disso, eu vim aqui há três anos e não estava tão
vazio”, afirmou. Ele disse que não aluga casas ou apartamentos em Praia Grande
para não ser assaltado ao entrar na garagem. “Só levo a família para hotéis e
pousadas.”
Outro lado
O subsecretário de Assuntos de Segurança Pública da Praia Grande, José
Américo Franco Peixoto, disse ao UOL Notícias considerar a cidade
segura. “Posso afirmar isso baseado na análise que é feita comparando os
índices criminais publicados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de
São Paulo desde 2001”, disse.
Peixoto mostra dados recentes, de 2010, da Secretaria de Segurança
Pública de São Paulo, segundo os quais a taxa de homicídio doloso de Praia
Grande é de 4,08 por 100 mil habitantes, índice inferior ao de outras cidades
do litoral sul do Estado, como Santos (6,51), São Vicente (7,25) e Guarujá
(5,81).
Peixoto reconhece, porém, a falta de policiamento no município. “O
efetivo policial militar está próximo de 400 pessoas e deveria estar por volta
de 600. Além disso, há necessidade de estruturar a Policia Civil para atender à
demanda de registro de ocorrência e de inquérito policial nos distritos”,
afirmou. “A população cresceu, mas a quantidade do efetivo se manteve”, disse.
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