Mapas do Metrô ‘esquecem’ novas estações


CAIO DO VALLE
TIAGO DANTAS
O Metrô de São Paulo cresce, mas os mapas para situar os passageiros no sistema continuam mostrando uma rede menor. A reportagem visitou as plataformas de todas as 62 estações e só encontrou em duas – as mais novas – mapas que mostravam todas as paradas. Na Estação Santa Cecília, na Linha 3-Vermelha, nenhum dos seis painéis exibe a Linha 4-Amarela, aberta em maio de 2010, nem a extensão da 2-Verde, entre Tamanduateí e Vila Prudente, em operação há 11 meses.
Além disso, em quase todas as estações das linhas 1-Azul e 3-Vermelha já existe a indicação de conexão com a Linha 4, respectivamente em Luz e República, cuja entrada em funcionamento está prevista só para setembro. Isso pode levar os usuários a se confundir. “Esse tipo de informação é importante para quem quer saber como ir de um ponto a outro. Em qualquer metrô, as pessoas estão acostumadas a ver os mapas para se localizar”, diz o arquiteto Issao Minami, especialista em comunicação visual da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo (USP).
O auxiliar de vendas Ednilson Farias Júnior, de 30 anos, embarca algumas vezes na Estação Corinthians-Itaquera e reclama da sinalização confusa. “Se você não conhece o itinerário, pode acabar chegando atrasado.”
Na Estação Pinheiros, entregue em maio, é possível ver um painel que mostra o serviço de vans – a Ponte Orca – entre os terminais Palmeiras-Barra Funda, na Linha 3, e Vila Madalena, na Linha 2. A conexão foi desativada em outubro de 2009. Em três das estações visitadas, a reportagem pediu a funcionários o mapa de bolso da rede. Somente na Barra Funda não havia distribuição do folder. Nas outras duas – Vila Mariana e Corinthians-Itaquera –, o material, atualizado, era distribuído normalmente.
O diretor de operações do Metrô, Mário Fioratti Filho, disse ontem que os quase mil mapas das estações serão trocados por modelos atualizados até o começo de outubro. Um pregão para licitar a substituição será feito no dia 4 de agosto, com previsão de assinatura do contrato 15 dias depois. Os trabalhos de troca devem se iniciar na metade de setembro

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