Os benefícios da privatização promovidas por Geraldo Alckmin.



Falha em subestação de empresa de transmissão causou apagão; energia é restabelecida

Do UOL Notícias 
Em São Paulo


A Companhia de Transmissão de Energia de São Paulo (Cteep) informou que o apagão que atingiu as zonas oeste e sul da capital paulista e alguns municípios da região metropolitana foi causado por uma falha na subestação de transmissão Milton Fornasaro.
A estação fica em Osasco, ao lado do Cebolão, na divisa com São Paulo. Segundo a companhia, às 19h06, houve uma ocorrência no setor de 88 kV de sua subestação Milton Fornasaro. Isso levou à atuação do sistema de proteção e, como consequência, desligaram-se os transformadores que alimentam o referido setor. A ocorrência interrompeu parcialmente o fornecimento de energia elétrica à Eletropaulo."
Ainda de acordo com a Cteep, "um dos transformados foi restabelecido às 19h32, normalizando o abastecimento à distribuidora. Às 20h15 foi normalizado o segundo, restabelecendo a condição operacional da subestação." As causas do desligamento estão sendo analisadas pela Cteep.

O processo de produção da energia das usinas até as casas é dividido em três partes: geração, nas usinas; transmissão, das usinas até as cidades; e distribuição, das subestações até as ruas e casas. Em São Paulo, a transmissão é de responsabilidade da Cteep, enquanto a distribuição é feita pela Eletropaulo. As duas empresas são privadas.
Com isso, os bairros afetados nas zonas oeste e sul já tiveram o serviço restabelecido.



Insensatez de EUA e Europa são "ameaça global", afirma Dilma

Presidente pede que países sul-americanos discutam medidas conjuntas para enfrentar efeitos da crise externa

Governo prevê embate mais longo sobre teto da dívida dos EUA, mas duvida que país anuncie um calote em credores 

FLÁVIA MARREIRO
ENVIADA ESPECIAL A LIMA 
SHEILA D'AMORIM
NATUZA NERY 
EDUARDO CUCOLO 

DE BRASÍLIA 

A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem, em Lima, que a "insensatez" e a "incapacidade política" dos Estados Unidos e da União Europeia para resolver seus problemas econômicos geram uma "ameaça global". 
Em reunião de presidentes de nove países da Unasul (União Sul-Americana de Nações), ela defendeu que os governos do continente acertem uma estratégia comum para enfrentar a crise. 
"Esse quadro onde a insensatez é a regra, e a marcha da insensatez parece ser o caminho, só reforça a necessidade de nossa união", afirmou Dilma a presidentes de 9 dos 12 países da Unasul. 
Na semana que vem, os ministros da Fazenda e os presidentes dos Bancos Centrais do bloco se reunirão em Lima para discutir medidas conjuntas. Nos dias 10 e 11 de agosto haverá novo encontro, em Buenos Aires. 
Ontem, Dilma reclamou do "mar extraordinário de liquidez" que flui de países desenvolvidos aos emergentes em busca de rentabilidade e provocam "desequilíbrio cambial". Também atacou os produtos dos países ricos que "alagam" a região. 
"Temos de nos defender do imenso, do fantástico, do extraordinário mar de liquidez que se dirige às nossas economias buscando a rentabilidade que não tem nas suas", disse ela. 
"Não podemos incorrer no erro de comprometer tudo que conquistamos (...) pelos efeitos da conjuntura internacional desequilibrada." 
Em Brasília, a equipe econômica aposta que a incerteza nos EUA vai se prolongar por muitos meses, mas acredita dispor instrumentos necessários para proteger a economia brasileira. 
O governo duvida que o cenário mais catastrófico se materialize, com os americanos dando calote nos credores da sua dívida e disseminando pânico no mercado. Na avaliação da equipe econômica, o cenário mais provável indica o prolongamento do embate político entre o presidente Barack Obama e seus adversários até o ano que vem. 
O governo acredita que um dos resultados desse embate será um aperto fiscal rigoroso nos EUA, com reflexos sobre o mundo inteiro. 
O Ministério da Fazenda anunciou anteontem pacote de medidas para inibir operações cambiais de caráter especulativo e conter a valorização do real. 
O governo se preocupa com os riscos tomados por bancos e empresas que aproveitaram o dólar barato para se endividar captando recursos no exterior e lucrar com a especulação. 
A equipe econômica acredita que o país está mais preparado para se defender de um choque externo hoje do que na crise financeira de 2008, e poderá recorrer aos mesmos instrumentos. 
Se faltar dinheiro, o governo poderia liberar parte dos R$ 410 bilhões em recursos dos bancos retidos pelo Banco Central. No início da crise de 2008, o BC dispunha de R$ 240 bilhões para usar dessa maneira. 
Além disso, o governo tem hoje US$ 344 bilhões em reservas internacionais, volume de recursos 70% maior que o disponível às vésperas da crise de três anos atrás. 
O problema é que quase dois terços dessas reservas estão aplicadas em títulos dos EUA, que podem perder valor se Obama não chegar a um acordo com a oposição. 

Colaborou ANA FLOR, de Brasília
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po2907201102.htm
Mercado e governo se preparam para calote americano

Tesouro dos EUA admite que elabora plano que detalha como vai pagar as contas sem novo teto de empréstimo

Títulos de curto prazo que costumam ter juro de 0% subiram ontem a 0,10% em reação ao impasse no Congresso 

LUCIANA COELHO
DE WASHINGTON 

O Departamento do Tesouro dos EUA já tem um plano de contingência para o caso de o Congresso não votar a liberação de novos empréstimos do governo até terça. Sem listar que contas deixará de pagar, não conseguiu aplacar o temor do mercado.
A pergunta, que o Tesouro diz que responderá antes da data-limite, no dia 2, monopoliza o foco de investidores, analistas, eleitores e lobbies.
Dois grupos influentes do país, os banqueiros e o sindicato dos aposentados, enviaram cartas à Casa Branca e ao Congresso pressionando os políticos a agir no prazo.
O Tesouro, porém, hesita em detalhar o plano enquanto o Congresso ainda discute se aumenta o teto da dívida, alimentando a ansiedade. Com isso -e com o adiamento da votação de mais uma proposta para ampliar a dívida pela Câmara, devido à falta de consenso- os juros que o governo paga sobre os títulos de curto prazo do Tesouro subiram a 0,10%. Os papeis vencem em agosto.
A variação pode ser discreta, mas títulos com vencimento próximo têm virtualmente taxa zero de retorno, e a rapidez da mudança indica que os investidores se preparam para um calote.
"O que posso dizer agora é que, embora só o Congresso possa garantir que o governo pague todas as suas contas, o Tesouro detalhará, conforme se aproxima o dia 2, como fará sem poder tomar empréstimo", disse à Folha uma porta-voz do Tesouro.
Segundo a mesma porta-voz, as medidas podem ser anunciadas "a qualquer momento até terça", quando a verba dos empréstimos acaba. Na prática, o plano deve apontar manobras de caixa e mostrar onde será o calote -se doméstico ou externo.

EMBATE 
A Casa Branca não divulgou dados completos, mas a estimativa mais corrente, do Centro de Políticas Bipartidárias, aponta que o governo tem contas de US$ 307 bilhões e expectativa de receita de US$ 172 bilhões no mês. A diferença implicaria em calote. Resta saber onde o governo decidirá cortar.
As possibilidades vão dos juros sobre títulos da dívida americana -o que afetaria a economia global, já que eles são referência do mercado- a cheques dos aposentados. 
Ontem, o Fórum de Serviços Financeiros, que reúne os 20 principais bancos e seguradoras do país, enviou uma carta à Casa Branca e ao Congresso, coassinada por 470 empresas, em que exorta o Executivo e o Legislativo a superarem a polarização partidária e agirem por uma solução de longo prazo.
"Uma grande nação, como uma grande empresa, precisa de credibilidade de que paga suas contas em dia", diz. "Esta questão afeta a população, não só o mercado, pois os juros sobre os títulos do Tesouro influenciam hipotecas, cartões de crédito, empréstimos estudantis."
Na véspera, a associação de aposentados, AARP, também enviara carta cobrando ações para preservar a seguridade social. Para aumentar a dívida, o Congresso precisa aprovar cortes no Orçamento que tornem o deficit sustentável. É sobre esses cortes que falta consenso entre os partidos -e até mesmo dentro deles.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft2907201113.htm
DEPOIMENTO 

Paulo Preto nega enriquecimento ilícito

O engenheiro e ex-diretor da estatal paulista Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, negou ter favorecido parentes e enriquecido de forma ilícita em depoimento ontem ao Ministério Público de São Paulo.
Souza é investigado em um inquérito civil aberto pela Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social.
A apuração foi iniciada a partir de reportagem da Folha de outubro que mostrou que o consórcio Andrade Gutierrez/Galvão, um dos construtores do Rodoanel, contratou de forma emergencial e pagou R$ 91 mil à empresa de guindastes do genro e da mãe de Souza, a Peso Positivo, no período em que ele era dirigente da Dersa.
De acordo com José Luís Oliveira Lima, advogado de Souza, o engenheiro disse que o seu patrimônio diminuiu durante a atuação como diretor da estatal, e que, para comprovar essa afirmação, quebrou o próprio sigilo fiscal e bancário e entregou a documentação ao promotor.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po2907201108.htm
Brasil lidera alta da aviação doméstica

No 1º semestre, receita das companhias com passageiros subiu 19%, diz associação; no mundo, alta foi de 4%
Assentos disponíveis crescem abaixo da demanda, e destinos e horários que são mais disputados encarecem 

CAROLINA MATOS
MARIANA SALLOWICZ
GABRIEL BALDOCCHI

DE SÃO PAULO

A aviação doméstica brasileira foi a que teve o maior crescimento de receita com transporte de passageiros no primeiro semestre deste ano, entre os principais países destacados pela Iata, associação internacional do setor.
A expansão, de 19% em relação ao mesmo período de 2010, superou as registradas na Índia (17,7%), na China (7,8%), na Austrália (4,4%) e nos EUA (2,5%). No mundo, o mercado de aviação doméstica cresceu 4% no período.
O aumento expressivo no Brasil, afirma a Iata, foi impulsionado pelo "crescimento da economia, assim como pela inclusão das classes C e D no mercado de aviação, com tarifas mais acessíveis que no passado".
Em 2010, o total de passageiros que utilizaram avião para ir de um Estado para outro (66 milhões) foi quase o mesmo dos que viajaram de ônibus (67 milhões).
"O mercado de aviação no Brasil ainda tem muito a crescer, assim como o da Índia e o da China, e isso vai continuar ocorrendo", diz Respício Espírito Santo Jr., professor de transporte aéreo da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
"Somos um país em que, historicamente, há uma forte migração interna. As pessoas que antes iam visitar suas famílias de ônibus conseguem, hoje, ir de avião", completa o especialista.

ASSENTOS
Mas os assentos oferecidos pelas companhias aéreas em rotas nacionais, de acordo com a Iata, cresceram em um ritmo menor que a receita com passageiros: 11,7%.
A Índia, segunda colocada no ranking de aumento de passageiros, foi o país em que a oferta de lugares mais se expandiu (18,9%).
A combinação da forte demanda por viagens aéreas no Brasil com assentos que não crescem na mesma velocidade já se reflete nos preços das passagens para destinos e horários mais disputados.
"Uma passagem Curitiba-SP, que pode custar de R$ 100 a R$ 200 no meio da semana, é vendida por até R$ 1.200 no início ou no fim da semana, nos horários mais cobiçados", diz Rogério Dequech, sócio-diretor da Go4! Consultoria de Negócios.
"Mesmo assim, o avião vai lotado. As pessoas acabam pagando o que for porque precisam embarcar", afirma.
O valor dos bilhetes aéreos subiu 27,38% em 12 meses até junho, de acordo com o IPCA, principal índice de inflação do país. Foi a maior alta no segmento de serviços.

AMÉRICA LATINA E ÁSIA
Ainda de acordo com a Iata, a América Latina liderou alta de receita com passageiros transportados (17,7%).
O relatório também ressaltou o desempenho da China na aviação doméstica, que, embora tenha sido menor que o do Brasil, veio depois do aumento recorde de passageiros em 2010, de 14,6%. Ou seja, mostra o potencial do mercado chinês.
Já no Japão, outro mercado que aparece em destaque, houve retração de 21,7%, ainda em consequência do tsunami que atingiu o país.
Mônica Bergamo

bergamo@folhasp.com.br

ÁREA DE COBERTURA 

Na próxima semana, a ANS (Agência Nacional de Saúde) publicará a resolução que atualiza a cobertura assistencial obrigatória para os planos de saúde. Na lista com 50 novos procedimentos que os convênios terão que custear, a partir de janeiro de 2012, estão cirurgia de redução de estômago via laparoscopia, terapia ocupacional e a tomografia especial PET Scan, usada no diagnóstico de câncer. 

NOVAS DIRETRIZES
E passa a valer nos próximos dias a resolução normativa 254, que estabelece regras para adaptação e migração de contratos das seguradoras. Segundo a norma, planos antigos, anteriores a janeiro de 1999, se adequarão às novas diretrizes da ANS e só poderão ser reajustados segundo a tabela da agência.

VIDA LONGA
Também em agosto será publicada a norma que obriga os planos de saúde a disponibilizar programas que promovam a prevenção de riscos e doenças para um envelhecimento ativo. Se os consumidores aderirem aos projetos, terão descontos na mensalidade dos planos.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq2907201108.htm
Até eu fiquei com medo, diz analista "preso" em trem 

Segundo ele, passageiros ficaram meia hora dentro vagão, no escuro e no calor

Escola de inglês na Vila Madalena teve aulas à luz de velas; bar perdeu faturamento do happy hour


DE SÃO PAULO

O analista de sistemas David Fermi, 32, acabara de partir em um vagão do metrô na estação Pinheiros, às 19h30, quando a luz acabou. Por meia hora, as pessoas ficaram esperando, presas no trem parado -"90% sentados, 10% em pé"-, com o ar-condicionado desligado, o ar abafado, no escuro.
A única informação que recebiam, repetidamente, era a voz do alto-falante dizendo que um problema na rede elétrica havia causado a pane, mas que esperavam restabelecer em "poucos minutos"
"Pediram paciência e compreensão. Mas o calor e a espera contribuíram para que as pessoas ficassem agitadas, apreensivas."
Às 20h, uma moça não aguentou a espera e puxou a alavanca de emergência, que abriu as portas.
Fermi calcula que havia cerca de 250 pessoas em três trens, que foram guiadas pelos os trilhos por 200 m, com ajuda de sete funcionários do Metrô. "Até eu fiquei com medo. Havia gente chorando."
Ele só conseguiu seguir para seu destino às 20h55, depois de encontrar um táxi.
A 2 km dali, na Vila Madalena, o gerente do Baróka, Jeová Queiroz, 43, contabilizava os prejuízos causados pela interrupção da luz por 50 minutos. "Esta é a hora do happy hour, quando o bar enche. Perdemos R$ 3.000."
Na rua Mourato Coelho, a escola de inglês Cel Lep cancelou uma aula e três turmas tiveram aulas à luz de velas.
Na Igreja Evangélica de Pinheiros, o pastor se preparava para celebrar o culto à luz de lamparina, mas a energia voltou. "Mas o trânsito ficou ruim e metade não veio", diz o diácono Eldo Andreoli, 56.
O vigilante Antonio Efigêncio, 45, de um condomínio comercial com 150 escritórios em Pinheiros, diz que resgatou quase cem pessoas de oito elevadores.
O Metrô informou que retirou os passageiros dos trens com segurança e que, como o sistema de energia é aéreo, não houve risco de choque na travessia pelos trilhos.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2907201102.htm

Postar um comentário

0 Comentários