Sorocaba produz 14 mil toneladas de lixo ao mês. Metade disso
poderia ser reciclado, mas menos de 3% é reaproveitado. O resto acaba debaixo
da terra
Gilson Hanashiro/Agência BOM DIA
Funcionários e máquinas
trabalham em aterro sanitário de Iperó, município vizinho que recebe diriamente
toneladas de lixo “exportadas” por Sorocaba
Pedro Guerra
Rodrigo Rainho
Agência BOM DIA
Rodrigo Rainho
Agência BOM DIA
Muito pouco /As quatro cooperativas de catadores
que atuam em Sorocaba coletam e destinam à reciclagem 400 toneladas por mês,
menos que as cerca de 460 toneladas que a cidade gera num único dia.
O secretário alega que para a
prefeitura seria “muito cômodo” incluir a coleta seletiva entre as incumbências
da empresa que assumirá o gerenciamento do lixo após a licitação, mas isso iria
contra o “caráter social” envolvendo as cooperativas da cidade. “As
cooperativas permitem a inclusão social e geram renda para
famílias carentes”, alega.
4 mil catadores/Mas se a justificativa é a de que a coleta envolvendo cooperativas tem cunho social, a pergunta é a mesma: por que motivo a reciclagem não é ampliada, então?
Se todo o lixo reciclável de Sorocaba fosse explorado, ao invés dos atuais 160 catadores seriam necessários 4 mil, afirma a coordenadora do Ceadec (Centro de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento, Emprego e Cidadania), Rita de Cássia Viana.
Para José Augusto Rodrigues de Morais, presidente da Coreso, a maior cooperativa de Sorocaba, “É urgente que a Prefeitura melhore a logística e estrutura da coleta de recicláveis, entre o número de caminhões e galpões.”
A coleta seletiva efetiva é possível, mesmo para grandes municípios. Um exemplo é Santo André, que possui 670 mil habitantes e desde o ano 2000 oferece a coleta seletiva a 100% da cidade. O município é um dos cinco do Brasil que conseguiram atingir todos os domicílios com a coleta seletiva.
0 Comentários