Estatísticas também ignoram nove mortes em assaltos em SP


Léo Arcoverde

do Agora
Não só homicídios são ignorados pelas estatísticas criminais da gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Nove latrocínios (mortes em assaltos) ocorridos na capital entre janeiro e novembro também ficaram de fora dos números oficiais.
Agora revelou anteontem que as estatísticas não contabilizaram 43 homicídios ocorridos na Grande São Paulo este ano.
O secretário de Estado da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, atribuiu a falha a "erros de registro", mandou corrigir os dados e abriu processos disciplinares contra delegados.
Se consideradas essas mortes, o Estado estaria na zona de epidemia de homicídios, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde).
Resposta
A Secretaria de Estado da Segurança Pública disse ontem em nota que a morte do estudante da USP Felipe Ramos de Paiva foi registrada como homicídio simples pelo 91º DP (Ceagesp), na zona oeste, mas que esse registro será alterado para latrocínio (morte em assalto).
No último domingo, o Agora forneceu à Secretaria de Estado da Segurança Pública detalhes dos outros oito casos de latrocínio não contabilizados corretamente que foram levantados pela reportagem. A pasta disse que deve terminar a análise dessas mortes hoje.
O secretário de Estado da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, admitiu ontem que delegados poderão ser afastados do cargo caso se comprove má fé na não contabilização dos índices de criminalidade.

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