Fósforo e nitrogênio na água de Itupararanga preocupam


Giuliano Bonamim
     
giuliano.bonamim@jcruzeiro.com.br

O monitoramento feito pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) revela uma preocupação com a existência de fósforo e nitrogênio na água da represa de Itupararanga. O aparecimento das duas substâncias revela a falta de tratamento adequado do esgoto e o uso intensivo de fertilizantes em áreas agrícolas na bacia. 
O último relatório da Cetesb, com dados levantados em 2010, mostra o aumento da quantidade de nitrogênio em um ponto de medição próximo à barragem. A média foi de 0,16. Entre os anos de 2005 e 2009, o balanço foi de 0,9. 
Em outro ponto de medição, localizado no "meio do corpo central" da represa, a média de nitrogênio foi de 0,10. O número caiu em relação aos anos de 2005 e 2009, que foi de 0,11.
Já a presença de fósforo também aumentou próximo à barragem, justamente onde é coletada a água para o abastecimento público de Sorocaba. A média foi de 0,033 contra 0,030, entre 2005 e 2009. No outro ponto de medição, o número caiu de 0,034 para 0,032. 
Segundo o gerente da agência de Sorocaba da Cetesb, Sétimo Humberto Marangon, a água da represa é considerada boa. Mas a agência tem notado de forma constante a eutrofização, que é um fenômeno causado pelo excesso de compostos químicos ricos em fósforo ou nitrogênio. "Há um depósito de água parada com despejo de esgoto e, caso ocorra o acúmulo nesse reservatório de fósforo e nitrogênio, o fato proporciona condições para o aparecimento de algas em número exacerbado", comenta Marangon.
O gerente da Cetesb lista duas fontes de alimentação de fósforo no reservatório: o esgoto doméstico e a agricultura. "Por isso há uma pressão do Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Sorocaba e do Médio Tietê junto à Cetesb para aumentar o tratamento de esgoto em Ibiúna e Vargem Grande Paulista", diz.

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