Anunciado mais um aeroporto na região



Previsão é que o empreendimento, voltado à aviação executiva, fique pronto para uso até a Copa de 2014

Jornal Cruzeiro do Sul
José Antonio Rosa
joseantonio.rosa@jcruzeiro.com.br

Além de Ibiúna, também São Roque, na região de Sorocaba, receberá um aeroporto. De olho no potencial de negócios gerado pela Copa de 2014, a cidade foi a escolhida pela construtora JHSF como sede de um empreendimento vocacionado à aviação executiva doméstica. O projeto deverá demandar investimentos da ordem de R$ 400 milhões e prevê ainda a construção de um shopping e de um condomínio de alto padrão às margens da rodovia Castello Branco (SP-280).

A investidora, que é proprietária do terreno com área de 7 milhões de metros quadrados às margens da rodovia, não informou mais detalhes, mas já obteve autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o aval do Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo e trabalha, agora, no projeto executivo do empreendimento. Segundo o diretor do Departamento de Desenvolvimento Econômico de São Roque, Leodir Ribeiro, o aeroporto deve, basicamente, atender à demanda gerada pelo transporte de pessoas que se deslocarão entre as cidades onde serão realizados os jogos.

São Roque está relacionada entre as candidatas a subsedes do torneio e, por conta disso, espera receber um grande fluxo de visitantes. Apesar de visar, num primeiro momento, a classe executiva, o aeroporto poderá servir de alternativa para outras modalidades de voo. Isso porque a pista projetada terá 2.800 metros de extensão (maior que a de Congonhas). "Nada impede que, numa fase futura, haja outra utilização"", destacou Ribeiro.

O cronograma traçado inicialmente prevê a entrega das obras em janeiro de 2014, a tempo de realizar testes de operação antes da Copa. São Roque apresenta características favoráveis como a localização próxima de São Paulo por uma via de acesso estruturada, além de manter em seu território uma das poucas glebas ainda livres nas imediações da Castello. Ribeiro frisou que o município cresceu muito nos últimos anos, em razão dos condomínios residenciais de alto padrão que lá surgiram. Em 2011, cerca de 800 mil pessoas visitaram a cidade. "Estrutura para a recepção não nos falta"", comemora. 

A construção do aeroporto tem mais um componente estratégico. Ribeiro lembrou que o programa de concessão do governo federal não contemplou a aviação executiva porque ela não gera um volume elevado de receita. Mesmo assim, a transferência à iniciativa privada do controle dos equipamentos de Guarulhos, Campinas e Brasília, deve favorecer outros projetos que a priorizem.
 
Em Ibiúna 
O anúncio da construção do aeroporto comercial de São Roque é o segundo divulgado esta semana. Em Ibiúna, a Eiko Engenharia assinou protocolo de intenções com a Prefeitura para implantar um empreendimento, cujas obras devam estar concluídas em 2015. O projeto demandará investimento de R$ 500 milhões e contemplará a construção de um shopping center, uma rodoviária, um porto seco e uma faculdade, além de um hospital. Somadas, as ações movimentarão R$ 1 bilhão em recursos.

Esse aeroporto ocupará área de 1,5 milhão de metros quadrados (algo perto de 150 hectares) do bairro Votorantim, altura do Km 59 da Rodovia Bunjiro Nakao, via de ligação com a Raposo Tavares. O imóvel já foi declarado de utilidade pública para fins de desapropriação. Somente para adquirir a gleba, o governo local deve destinar R$ 100 milhões. O montante é praticamente o mesmo previsto no orçamento deste ano (R$ 108 milhões).

A expectativa dos empreendedores é de que pelo espaço circulem, mensalmente, 100 mil passageiros. Já o total estimado de pousos e decolagens í de aproximadamente 500 ao dia. O aeroporto foi planeado para atender a demanda gerada a partir da saturação de Congonhas e Guarulhos; terá, portanto, vôos domésticos que ligarão Ibiúna aos principais destinos brasileiros. A pista projetada terá 2.500 metros de comprimento, por 45 metros de largura. Calcula-se que o projeto deva gerar 3 mil empregos diretos.

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