Parque linear abandonado vira favela na zona leste

Trecho do parque linear Taboão, em Aricanduva

Tatiana Santiago e Léo Arcoverde

do Agora
Com cerca de 1,2 km de extensão, o parque linear Taboão, em Aricanduva (zona leste de SP), virou uma favela.
As obras de implantação do parque estão paralisadas há três anos, segundo moradores da região. Com isso, cerca de cem barracos passaram a ocupar o espaço que deveria ser de lazer.
Neles estão moradores da antiga favela Primavera, retirados em 2005 para a canalização do córrego que atravessava o local.
A construção do espaço de lazer começou em 2006, afirmam moradores do entorno. No site da prefeitura, o parque consta como um dos cem que serão entregues neste ano.
Atualmente, a situação mais crítica é a de cerca de 300 metros no centro do parque, na avenida Estevão de Loreto.
Não há asfalto no local e trechos da pista de caminhada foram ocupados por barracos.
Resposta
A assessoria de imprensa da gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD) disse que iniciou a construção de um parque na área, mas a obra foi interrompida.
Segundo a assessoria, o local foi invadido pelos atuais moradores. Não informou, porém, se essa invasão se deu durante ou depois da execução da obra, que hoje está parada.
Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente disse estudar uma forma de solucionar o problema de segurança pública e habitacional na região. De acordo com o comunicado enviado à reportagem, serão necessárias ações de remoção e de transferência das famílias que invadiram a área para moradias seguras.
Apesar de a reportagem ter questionado quanto foi investido na construção inacabada do parque Taboão e quando o problema dessas famílias será resolvido, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente não respondeu esses questionamentos.
A pasta também não respondeu quantas famílias vivem, de fato, na área da antiga favela Primavera e para quais locais elas serão transferidas em caso de remoção.

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