FABIANO NUNES
Teias de aranha, goteiras, infiltrações, falta de equipamentos, nada que lembre um ambiente hospitalar. Assim estão os prédios onde a gestão Gilberto Kassab (PSD) promete inaugurar três novos hospitais até o fim deste ano. Dificilmente o prefeito terá tempo de cumprir a promessa de entregar 175 novos leitos antes que seu mandato termine, em 31 de dezembro.
Para agilizar o processo, a Prefeitura decidiu reformar hospitais desativados, porém os prédios escolhidos pela administração pública estão em péssimas condições. Segundo especialistas, a desapropriação, a reforma e a instalação de equipamentos serão finalizadas em, pelo menos, três anos. Os imóveis ainda estão em fase de desapropriação, processo que pode durar até um ano. A inauguração das unidades ficará, portanto, para o próximo prefeito.
Como a Prefeitura não conseguiu emplacar a parceria público-privada (PPP) avaliada em R$ 6 bilhões para a construção de três unidades – a PPP foi adiada pela 14.ª vez no início do ano –, o plano é adaptar imóveis existentes no Carrão, na zona leste, Capela do Socorro, na zona sul, e Freguesia do Ó, na zona norte. De acordo com a Prefeitura, para acelerar a implantação, o objetivo é aproveitar as estruturas que já foram, em algum momento, hospitais.
No prédio escolhido na Freguesia do Ó, na Avenida Itaberaba, por exemplo, funcionava uma unidade do supermercado Dia. O imóvel está fechado há cerca de seis meses. “Esse prédio é muito velho e está em um terreno acidentado. Chegou a ser um hospital, há cerca de 15 anos. Agora, precisará de uma boa reforma”, lembra o comerciante Sidnei Ramiro, de 46 anos, dono de um estacionamento ao lado do imóvel.
A reforma dos prédios será custeada pela Secretaria Municipal da Saúde, mas a administração dos equipamentos deverá ser repassada a uma Organização Social (OS). Para o coordenador da Rede Nossa São Paulo, Oded Grajew, um dos idealizadores do plano de metas, a administração pública terá dificuldades para cumprir a promessa. “É preciso reformar os prédios, contratar profissionais, equipar o imóvel. Se a Prefeitura tivesse corrido atrás logo no início da gestão, hoje teríamos três novos hospitais em regiões que são carentes desse atendimento”, afirma Grajew.
É o caso dos moradores da Capela do Socorro, na zona sul, uma das regiões mais carentes da cidade em equipamentos de Saúde. “O Hospital mais próximo é o do Grajaú. Seria fantástico ter uma nova unidade aqui”, afirma o aposentado José Rogério Viana, de 71 anos. Ele mora em frente ao prédio escolhido para ser reformado. “Aqui já funcionou um hospital, depois virou escola. Mas o imóvel está fechado há 14 anos e foi todo depredado”, completa.
No local sobrou um esqueleto de tijolos à vista. Pouco poderá ser reaproveitado do antigo hospital. Janelas foram retiradas e as que ficaram estão com os vidros quebrados. Peças, portas e azulejos foram saqueados e as paredes estão com várias infiltrações. A capital tem ao menos 20 hospitais inativos, de acordo com estimativas do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp).
Teias de aranha, goteiras, infiltrações, falta de equipamentos, nada que lembre um ambiente hospitalar. Assim estão os prédios onde a gestão Gilberto Kassab (PSD) promete inaugurar três novos hospitais até o fim deste ano. Dificilmente o prefeito terá tempo de cumprir a promessa de entregar 175 novos leitos antes que seu mandato termine, em 31 de dezembro.
Para agilizar o processo, a Prefeitura decidiu reformar hospitais desativados, porém os prédios escolhidos pela administração pública estão em péssimas condições. Segundo especialistas, a desapropriação, a reforma e a instalação de equipamentos serão finalizadas em, pelo menos, três anos. Os imóveis ainda estão em fase de desapropriação, processo que pode durar até um ano. A inauguração das unidades ficará, portanto, para o próximo prefeito.
Como a Prefeitura não conseguiu emplacar a parceria público-privada (PPP) avaliada em R$ 6 bilhões para a construção de três unidades – a PPP foi adiada pela 14.ª vez no início do ano –, o plano é adaptar imóveis existentes no Carrão, na zona leste, Capela do Socorro, na zona sul, e Freguesia do Ó, na zona norte. De acordo com a Prefeitura, para acelerar a implantação, o objetivo é aproveitar as estruturas que já foram, em algum momento, hospitais.
No prédio escolhido na Freguesia do Ó, na Avenida Itaberaba, por exemplo, funcionava uma unidade do supermercado Dia. O imóvel está fechado há cerca de seis meses. “Esse prédio é muito velho e está em um terreno acidentado. Chegou a ser um hospital, há cerca de 15 anos. Agora, precisará de uma boa reforma”, lembra o comerciante Sidnei Ramiro, de 46 anos, dono de um estacionamento ao lado do imóvel.
A reforma dos prédios será custeada pela Secretaria Municipal da Saúde, mas a administração dos equipamentos deverá ser repassada a uma Organização Social (OS). Para o coordenador da Rede Nossa São Paulo, Oded Grajew, um dos idealizadores do plano de metas, a administração pública terá dificuldades para cumprir a promessa. “É preciso reformar os prédios, contratar profissionais, equipar o imóvel. Se a Prefeitura tivesse corrido atrás logo no início da gestão, hoje teríamos três novos hospitais em regiões que são carentes desse atendimento”, afirma Grajew.
É o caso dos moradores da Capela do Socorro, na zona sul, uma das regiões mais carentes da cidade em equipamentos de Saúde. “O Hospital mais próximo é o do Grajaú. Seria fantástico ter uma nova unidade aqui”, afirma o aposentado José Rogério Viana, de 71 anos. Ele mora em frente ao prédio escolhido para ser reformado. “Aqui já funcionou um hospital, depois virou escola. Mas o imóvel está fechado há 14 anos e foi todo depredado”, completa.
No local sobrou um esqueleto de tijolos à vista. Pouco poderá ser reaproveitado do antigo hospital. Janelas foram retiradas e as que ficaram estão com os vidros quebrados. Peças, portas e azulejos foram saqueados e as paredes estão com várias infiltrações. A capital tem ao menos 20 hospitais inativos, de acordo com estimativas do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp).
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