Análise do debate na Maçonaria: veja como se saiu cada candidato



Jornal da Estância


A maçonaria promoveu  um debate com os quatro candidatos à prefeitura de SR e se faz necessário  uma análise para o leitor deste importante acontecimento.  Em primeiro lugar, cabe destacar as perguntas muito bem formuladas sobre os principais problemas da cidade.

Nos bastidores do debate o clima era calmo e de muita urbanidade entre os candidatos.  Carlos Mello, do jornal da economia, entrevistava  os candidatos e perguntava sobre sua participação no debate. Este clima de urbanidade só foi quebrado com o desagradável episódio envolvendo o candidato Daniel da Padaria que pressionava o jornalista Carlos Mello a não publicar a sua declaração de que não irá ao debate promovido por este prestigioso órgão de imprensa local.
Inicialmente foi lida uma biografia de cada candidato para que a platéia tivesse o mínimo de informações sobre a sua trajetória de vida. Estranhamente, o único candidato que não teve a sua biografia apresentada foi o Daniel da Padaria, talvez por não ter sido fornecida aos organizadores.
Os candidatos responderam primeiro sobre se levaram em conta a Lei de Responsabilidade Fiscal ao fazer seu plano de governo, quanto era o orçamento da cidade e se havia desequilíbrio fiscal na gestão pública.  De modo geral, responderam a pergunta satisfatoriamente, Chumbinho ressaltou a importância das parcerias com o governo federal e estadual,  já Luís Guilherme e Chula  apontaram que o orçamento da cidade chegara a quase R$ 200 milhões no ano que vem.  Daniel também citou esta cifra, mas nervoso pelo bate boca com Carlos Mello, esqueceu o nome da lei acima referida e foi socorrido pelo grito vindo de alguém da platéia.
A segunda pergunta tratava da implantação do serviço da  hemodiálise que necessita de uma UTI na Santa Casa para o atendimento de emergência. Com exceção de Chula , que afirmou que havia alguma confusão, pois há uma UTI na Unimed para o atendimento de emergência ao usuário do serviço de hemodiálise. Todos lamentaram a ausência da UTI na Santa Casa e Luís Guilherme apontou o terrível sofrimento que os usuários da hemodiálise tinham antes para se deslocar para outras cidades a fim ter acesso a esse serviço médico.
A última pergunta comum se referia a ações emergenciais para a geração de emprego. Chumbinho apontou a existência do pleno emprego no Brasil e destacou a necessidade da criação de uma área industrial em São João Novo. Luís Guilherme apontou a falta de oportunidade para os jovens e apontou a necessidade do desenvolvimento da cidade. Daniel fez uma fala genérica e curta sobre a necessidade de mais empregos e Chula apontou os esforços feitos pela atual gestão para a geração de empregos
A segunda parte foram perguntas temáticas sorteadas entre os candidatos. Coube a Chula responder a seguinte pergunta: Qual a sua proposta para dinamizar, efetivamente, o setor esportivo, considerando-se que as promoções da municipalidade são ínfimas se comparadas ás iniciativas do próprio atleta e da iniciativa privada? Além disto, respondeu sobre o atendimento a criança até seis anos e prometeu acabar com o déficit de creches na cidade.
Coube a Daniel tratar de dois temas: projetos para o turismo e sobre os cursos profissionalizantes, indicando quais cursos e quantas vagas eles disponibilizam e quais novos cursos deveriam ser criados. O candidato nas duas questões deu respostas curtas e evasivas.
O candidato Luís Guilherme respondeu sobre A guarda Municipal e apontou com propriedade o abandono pela atual administração deste importante órgão público e destacou a necessidade de ampliação dos investimentos para esse setor. A segunda pergunta era longa e tratava sobre a estação de tratamento de esgoto e sobre a situação caótica do transito na cidade. O candidato mostrou o absurdo do abandono da estação de tratamento de esgoto e os milhões desperdiçados e criticou a prefeitura pelo descaso na gestão do contrato com a Sabesp.
A Chumbinho coube perguntas sobre os critérios adotados para a nomeação de diretores do primeiro escalão e sobre a situação atual da Brasital. Sobre a primeira apontou que usará critérios técnicos e que ninguém será dono dos cargos, apontou ainda a necessidade de um olhar social na sua ação no governo. Sobre a Brasital demonstrou conhecer a situação atual e apontou a falta de funcionários para limpar as calhas e os constantes problemas causados  pela chuva e pelo buracos no telhado da Biblioteca e de todo este importante patrimônio público.
Na terceira parte foram feitas as considerações finais de cada candidato. Daniel abriu este bloco fazendo considerações curtas e falou na necessidade de mudança de rumos na cidade.
Chumbinho destacou a necessidade de a cidade acompanhar o desenvolvimento do Brasil e da necessidade de muitos projetos federais serem implantados na nossa cidade. O candidato  Chula defendeu que a nossa cidade vai bem e não tem necessidade de mudança de rumos. E  destoando do clima de respeito entre os candidatos neste debate, Chula fez um duro ataque a Daniel, mencionando que São Roque não precisa de carinho. Além disto, passou a impressão para o público de ser arrogante ao afirmar que era o candidato mais preparado para ser prefeito.  Lembro aqui que cabe somente aos eleitores e aos que assistiram ao debate esse julgamento. Por último, Luís Guilherme destacou a trajetória de seu pai e o envolvimento de sua família na política local, para mostrar que tem todas as condições de ser um bom prefeito.
Um momento de desconcentração foi a pose pra foto, em que Chumbinho aparece abraçando Chula e depois para o êxtase da platéia, Chumbinho abraça o candidato Daniel da padaria.
Segundo informações coletadas por este jornal, para a maioria dos presentes, os melhores foram Luís Guilherme e Chumbinho. Já Daniel teve um desempenho decepcionante e Chula foi considerado um pouco arrogante.
As Lojas Maçônicas prestaram um grande serviço à democracia em nossa cidade e em breve a gravação do debate será disponibilizada para os candidatos e à população.



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