Hospital põe pacientes em corredor e perto do banheiro


Simei Morais

do Agora
Uma maca atrás da outra. Os corredores do Hospital Municipal do Campo Limpo (zona sul de São Paulo) estão lotados de pacientes, alguns, colados às portas de banheiros. É dessa forma que a instituição, gerida diretamente pela Prefeitura de São Paulo, acomoda quem deveria estar internado em leitos.
Angelita Santos, 36 anos, desempregada, conseguiu autorização para acompanhar seu pai, internado desde segunda-feira. Não sabia, porém, que ficaria em pé. "Hoje dei sorte e consegui uma cadeira", comenta. O pai, de 64 anos, internado para fazer exames na vesícula, ficou esses dias ao lado de outros pacientes. "Eles dizem que não há leitos. Estão todos apertados", diz Angelita.
Funcionários e conselho gestor reclamam que a situação é antiga. Em março, o secretário municipal da Saúde, Januário Montone, afirmou que abriria sindicância para apurar falta de médicos e camas. Disse ainda que reabriria a UTI pediátrica, fechada desde dezembro de 2010. Até ontem, todos os equipamentos da UTI infantil estavam amontoados em uma sala do sexto andar.
Resposta
A Secretaria Municipal da Saúde não respondeu por que há macas nos corredores nem por que crianças são colocadas em "UTI provisória" no PS. A pasta declara que ainda há vagas em aberto na pediatria, o que impede a reabertura da UTI.
A nota diz que a contratação está aberta e que a falta de médicos está relacionada a fatores como formação profissional. A secretaria afirma que, toda vez que o hospital não pode dar suporte necessário ao paciente, o encaminha a outra unidade.

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