Prefeito faz caminhada contra a instalação de presídio em Porto Feliz

Serão 129 km a pé; prefeito deve chegar à capital paulista na terça-feira, 25.

Ele segue acompanhado de familiares e de um oficial da Guarda Municipal.

Do G1 Sorocaba e Jundiaí

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O prefeito de Porto Feliz, Cláudio Maffei (PT), iniciou neste domingo (23) uma caminhada de protesto entre o município até o Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, com objetivo de sensibilizar o governador Geraldo Alckmin para a paralisação das obras do Centro de Progressão Penitenciária (CPP). Serão 129 km a pé; ele deverá chegar na terça-feira (25) à tarde para entregar um abaixo-assinado ao governador.

Nesta manhã, o prefeito caminhou desde o local das obras do CPP até a praça da Matriz da cidade, percorrendo cerca de 7 km a pé. Ele segue acompanhado de familiares e de um oficial da Guarda Municipal. A caminhada prossegue neste domingo até o km 80 da rodovia Castello Branco, totalizando um percurso de 36 km.

As obras do CPP, orçadas em R$ 56 milhões, tinham sido embargadas pela juíza Ana Cristina Paz Neri Vignola, da 2ª Vara Cível de Porto Feliz, atendendo a uma liminar da prefeitura. Porém, nesta semana o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) suspendeu a medida judicial e as obras foram retomadas.

Em nota enviada à imprensa, o atual prefeito, que não concorre a nenhum cargo nestas eleições, alega que presídio está sendo construído numa área de proteção ambiental do Engenho D’Água e que a cidade não tem infraestrutura para "suportar da noite para o dia" cerca de 1.000 novos habitantes carcerários.

É a segunda vez que o prefeito faz o protesto. A primeira caminhada aconteceu em maio de 2009, ainda quando José Serra era governador e tinha anunciado em março do mesmo ano, via Diário Oficial, a construção do presídio. Na ocasião, foram protocoladas mais de 15 mil assinaturas e não houve nenhuma resposta por parte do governador.