Fabiana Cambricoli
do Agora
Um viciado em crack que estava internado no Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas), no Bom Retiro (região central), fugiu do local na noite de anteontem enquanto esperava vaga em uma clínica.
Jeferson, 23 anos, foi levado à unidade de manhã pelos pais, que pediam sua internação.
"Chegamos lá às 7h30, ele foi atendido, o médico autorizou a internação. Quando foi 19h, eles disseram que podíamos ir embora, que ele dormiria lá enquanto não surgisse a vaga", conta a dona de casa Janecleide de Araújo Xavier, 40 anos, mãe de Jeferson.
Ela afirma que o filho foi ao Cratod espontaneamente, mas que, durante o dia, mudava várias vezes de comportamento dizendo que queria ir embora.
Como o jovem já foi internado nove vezes, tendo fugido em três delas, a família pediu a atenção da equipe médica.
"A gente ficou o dia inteiro de vigília, com medo de ele fugir, mas eles disseram que ele estava medicado, que podíamos voltar para casa tranquilos", conta o gráfico Helder Tavares de Souza, 40 anos, pai de Jeferson.
Resposta
A Secretaria de Estado da Saúde informou que o Cratod não tem características de prisão, mas que abriu "sindicância para apurar a conduta dos funcionários que estavam em plantão". Disse que avisou a família sobre o fato e que fez buscas durante todo o dia, sem sucesso.
Sobre o filho de Marlene, a pasta diz que o Cratod informou a mãe que ela própria poderia procurar o Caps, mas que entrará em contato com a unidade nos próximos dias para comunicá-la sobre o caso.
A Secretaria Municipal da Saúde, responsável pelos Caps, disse que o Cratod não pode determinar visitas domiciliares --o paciente tem que pedir isso.
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