Tribunal determina soltura de suspeito de homofobia


Por determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo, deverá ser solto nesta quarta-feira, 27, ou amanhã cedo, o personal trainer Diego Mosca Lorena de Souza, um dos dois agressores do estudante de direito André Cardoso Gomes Baliera. Ele está detido desde 3 de dezembro, sob a acusação de tentativa de homicídio. A decisão judicial pode beneficiar também o estudante Bruno Portieri, o outro agressor.

Os dois foram detidos em flagrante. No pedido de habeas corpus que levou à Justiça, o advogado do personal trainer, o criminalista Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, disse que os laudos periciais não foram concluídos até agora. “Não há elementos que definem se houve mesmo tentativa de homicídio ou foi só lesão corporal”, disse.
Ao conceder a liminar que autorizou a soltura, o desembargador Newton Neves, relator do caso, disse que existe um conflito sobre o tipo de acusação que pesa sobre os dois. Para ele, “é preciso cautela e análise de fundo dos documentos e teses apresentadas, a fim de se evitar prejuízo a ampla defesa e contraditório o que por si só, justifica a concessão da liminar pleiteada”.
Ao justificar o habeas corpus, Mariz de Oliveira também argumentou que Souza têm emprego fixo e residência conhecida. “Além disso, acrescentei ao pedido de habeas corpus um abaixo assinado com trezentas assinaturas de pessoas que o conhecem e o defendem”, contou.
O caso ocorreu no dia 3 de dezembro, no bairro de Pinheiros, em São Paulo. Baliera contou que, ao voltar para casa, no final da tarde, foi insultado e agredido por duas pessoas que passavam a bordo de um carro. Ele também disse que a motivação dos agressores foi sua orientação sexual.
Mariz refuta a acusação. Para ele houve apenas uma briga de trânsito, como muitas outras que acontecem em São Paulo. “O caso ganhou todo esse destaque por causa da acusação de homofobia.”

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