Donadon se entrega à PF em Brasília

Parlamentar, que teve a prisão decretada na quarta-feira pelo Supremo, foi levado para o presídio da Papuda


atualizado às 17h13 - Bernardo Caram - Agência Estado
Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 13 anos, 4 meses e 10 dias de reclusão pelos crimes de formação de quadrilha e peculato, o deputado Natan Donadon (PMDB-RO) se entregou no final da manhã desta sexta-feria, 28, à Polícia Federal (PF) em Brasília. O deputado já está no presídio da Papuda, no Distrito Federal, segundo informou a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF).
Deputado foi acusado de envolvimento com desvio de recursos da Assembleia de Rondônia - Dida Sampaio/AE
Dida Sampaio/AE
Deputado foi acusado de envolvimento com desvio de recursos da Assembleia de Rondônia
Segundo o Tribunal, Donadon já passou pelo centro de triagem do complexo penitenciário (localizado a cerca de 20 quilômetros do Congresso Nacional), onde foi submetido a exames médicos e recebeu vacinas. Mais cedo, Donadon esteve na Vara de Execuções Criminais do TJDF, onde um juiz determinou o local da prisão.
Desde quarta, a PF realizava buscas em Brasília e em Rondônia para tentar encontrar o deputado, que descumpriu o acordo para se entregar na quinta-feira, 27, e passou a ser considerado foragido.
A prisão aconteceu na avenida L2 Sul, no Plano Piloto, depois de intensa negociação entre policiais federais e advogados do deputado. A assesoria da PF não soube informar se Donadon foi algemado.
A assessoria do deputado explicou que Donadon demorou a se entregar porque não imaginava que o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubaria seu recurso e ele estava tentando um acordo para se apresentar. Informou, também, que em nenhum momento o deputado teve a intenção de fugir.
Desvios. É a primeira vez, na vigência da Constituição de 1988, que um deputado federal é preso por decisão do Supremo. Ele foi punido sob a acusação de ter desviado recursos da Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia por meio de contrato simulado de publicidade.
O esquema de desvios de recursos operou entre julho de 1995 e janeiro de 1998. Os valores desviados foram calculados na época em R$ 8,4 milhões. Hoje, atualizados, somariam cerca de R$ 58 milhões.

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