Ana Flávia Oliveira
do Agora
Os tênis distribuídos aos alunos da rede municipal de São Paulo são de má qualidade, aponta relatório da Controladoria-Geral do Município e da Promotoria.
José Carlos Blat, promotor de Justiça do Patrimônio, diz que a Vulcasul Indústria e Comércio, de Itanhandu (MG), cometeu fraude.
"O tecido rasga fácil, o cadarço desfia rápido, a cola da sola é muito frágil e a palmilha é inadequada", diz.
A numeração dos tênis, que começaram a ser entregues em setembro, também tem erros.
O promotor diz que a empresa fraudou um laudo do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) para oferecer calçados mais baratos do que os previstos na licitação -e, assim, lucrar mais.
Resposta
A prefeitura informou que suspendeu a entrega dos tênis e suspendeu os pagamentos à empresa após tomar conhecimento de "indícios" de que os produtos não correspondiam às especificações do contrato.
Um novo laudo foi solicitado ao IPT.
Segundo nota da administração, o documento vai definir se a fornecedora será punida.
A reportagem ligou para a Vulcasul.
Uma atendente informou que não havia responsáveis no momento.
O Agora também mandou e-mail para a empresa.
Nenhuma resposta foi encaminhada até a conclusão desta edição.
Ao "Jornal Nacional", da Globo, a empresa informou que não foi informada sobre as investigações.
A FNDE (Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação), autarquia do governo federal que avalia licitações, informou que pode aplicar penas à empresa.
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