Prefeitura distribuiu tênis antes de avaliar amostras

Ana Flávia Oliveira e Léo Arcoverde

do Agora
A Prefeitura de São Paulo não analisou amostras dos tênis comprados da empresa Vulcasul, de Itanhandu (MG), antes de entregar para os alunos da rede municipal.
Os calçados, segundo o Ministério Público, são de má qualidade e não atendem aos requisitos do contrato.
O prefeito Fernando Haddad (PT) disse ontem que, para evitar esse tipo de problema, os itens entregues passarão por uma avaliação.
"Será feita, a partir de agora, uma avaliação por amostragem durante a entrega para que isso não volte a acontecer", afirmou o prefeito.
Segundo a Promotoria, só após denúncia de que os tênis entregues não correspondiam ao modelo estabelecido no contrato é que técnicos da administração recolheram 127 pares em escolas municipais e analisaram os modelos.
Nenhum deles estava de acordo com modelos apresentados nas negociações.
Os tênis têm sola, tecido e cadarço frágeis, erros na numeração e palmilha fina.
Resposta
A empresa Vulcasul negou irregularidades no caso e informou que só vai se manifestar na próxima semana, quando "provará a verdade e os interesses escusos que estão por detrás dessas declarações".
O FNDE informou que não autorizou novas negociações envolvendo a empresa após a denúncia de irregularidade.
Disse também que avalia as sanções à Vulcasul.
Segundo o órgão, essas penalidades "podem ser rescisão da ata de registro de preço assinada com o FNDE, multa e/ou suspensão do direito de contratar com a administração publica por até dois anos".
O IPT afirmou que, após investigação, demitiu o funcionário que assinou o laudo falso.
Mas não informou detalhes de como o documento teria sido forjado.

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