Empresa que conserta faróis é investigada por fraudes

Léo Arcoverde

do Agora
Uma das empresas contratadas pela gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) para reformar os semáforos da capital é investigada sob a suspeita de oferecer propina a funcionários da própria prefeitura e seus donos respondem a um processo criminal por lavagem de dinheiro.
A contratação do serviço, feita pela Secretaria Municipal dos Transportes, chefiada por Jilmar Tatto, foi feita em meados de 2013.
Ela prevê um repasse de R$ 221,94 milhões, até 2016, a três consórcios, cada um deles formado por três empresas.
Um dos consórcios tem como integrante a empresa Consladel.
Ele é responsável pela reforma dos semáforos das regiões leste e sudeste da capital e vai receber R$ 79,2 milhões pelo serviço.
Resposta
O criminalista Alberto Zacharias Toron, defensor dos donos da Consladel, Jorge Marques Moura e Labib Faour Auad, disse em nota que seus clientes são inocentes e "nunca pagaram propina a quem quer que seja".
Toron disse que a ação de lavagem de dinheiro foi "provisoriamente recebida" pela Justiça, que, diz ele, ainda não analisou a defesa da empresa.
Segundo Toron, a denúncia que deu origem a essa ação se refere a fatos já investigados pela Polícia Federal, que concluiu que a empresa não cometeu nenhum crime.
Quanto à quebra dos sigilos bancário e fiscal, Toron disse que a empresa sempre se colocou à disposição das autoridades.
Resposta 2
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), gestora do contrato de reforma dos semáforos da cidade, disse em nota que o processo de contratação das empresas prestadoras do serviço "seguiu todos os trâmites previstos em lei e foi feita de forma transparente e pública".
Afirmou ainda que a Consladel "não se enquadra em nenhum do itens impeditivos da execução contratual".
A Secretaria Municipal dos Serviços disse em nota que o Ilume (Departamento de Iluminação Pública) "não tem qualquer ligação com a Consladel" e que desconhece que funcionários desse departamento tenham envolvimento com a empresa.

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