Menino de 11 anos atropela e mata mãe em estacionamento de supermercado

Criança tentava dirigir o veículo quando perdeu o controle da direção


Chico Siqueira - Especial para O Estado
ARAÇATUBA - Um menino de 11 anos atropelou e matou a mãe com o próprio carro dela quando tentava dirigir o veículo no estacionamento externo de um supermercado de Bauru, na noite desta terça-feira, 27. Ao ver o filho no banco do Fiat Pálio, com o carro em movimento, a comerciante Gislaine Flora da Silva Augusto, de 38, se agarrou ao carro na tentativa de retirar a chave do contato, mas o menino teria perdido o controle do veículo e batido em outro carro, causando a morte da mãe.
No entanto, as circunstâncias do acidente ainda precisam ser esclarecidas. A polícia não conseguiu apurar ainda se o menino sabia dirigir ou se teria ligado o carro acidentalmente, provocando a morte da mãe.Gislaine foi levada ao Pronto-Socorro Central de Bauru, mas não resistiu. Após o acidente, o menino também passou mal e teve de ser socorrido, em estado de choque, no Hospital de Base, de onde foi liberado na mesma noite após ser atendido por psicólogos.
O Boletim de Ocorrência, registrado à 1h30 desta quarta-feira, 28, como homicídio culposo, diz apenas que o garoto estava "circulando" com o carro no estacionamento, quando a mãe, ao vê-lo, pulou na janela do lado do motorista para retirar a chave do contato e foi atropelada pelo garoto.
"A mãe é dona de uma barraca de pastéis instalada no estacionamento do supermercado e deixava o carro no local. Ela se preparava para ir embora porque estava frio e não tinha clientes àquela hora (20h30). Foi quando teria visto o filho com o carro em movimento", contou o delegado Mário Henrique de Oliveira Ramos, da Central de Polícia Judiciária de Bauru.
Segundo ele, o frio também afastou testemunhas. "A única testemunha relacionada é Miriam Luana Mattozinho, dona do Siena em que o Pálio bateu, mas também não estava no estacionamento no momento do acidente e não viu como foi a batida", disse Ramos. A dona do Siena disse à polícia que quando chegou ao local, encontrou o menino em estado de choque.
De acordo com Ramos, somente o laudo do Instituto de Criminalística, que deve sair no máximo em 15 dias, vai apontar como o acidente ocorreu. O caso vai para a Delegacia da Mulher e depois para a Vara da Infância e da Juventude.

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