Candidato a vice poderá surpreender, diz Aécio




Em uma passagem de 50 minutos em Caruaru, no agreste pernambucano, a 130 quilômetros do Recife, no final da noite de ontem, o senador Aécio Neves (PSDB) disse que o anúncio do candidato a vice-presidente na sua chapa, na segunda-feira (30), poderá surpreender. Entre os nomes mais cotados estão o senador cearense Tasso Jereissati - que poderá agregar votos na região Nordeste - e a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie. Ambos tucanos.
"Podemos ter surpresas", disse ele. "Temos nomes qualificados dentro e fora do PSDB".
Indagado sobre a importância do vice, ele afirmou que "os vices devem, de alguma forma, complementar a ação do candidato". "É muito difícil ter um vice que você diga ''olha, esse vice decide a eleição''", observou. "Não é da tradição brasileira, as pessoas votam no candidato". Frisou estar tranquilo em relação ao assunto: "no nosso caso, o problema é a fartura de nomes qualificados".
Aécio se derramou em elogios tanto em relação a Tasso como a Gracie. Sobre ela, disse que o seu nome agrada a setores importantes do seu partido. "Uma mulher com uma belíssima história de vida, um conhecimento grande das questões de segurança pública, primeira mulher presidente do STF". Em relação a Tasso, disse ser um nome sempre bem lembrado e com quem conversa quase todos os dias.
O senador chegou às 22h55 à festa junina de Caruaru, vindo de Campina Grande (PB). As duas cidades disputam quem faz o melhor São João do Nordeste. Recebido pelo prefeito da cidade, Zé Queiroz (PDT), Aécio caminhou pelo Pátio do Forró acompanhado do presidente estadual do partido, deputado federal Bruno Araújo e de lideranças tucanas no Estado.
Posou para fotos com populares, passeou pela cidade cenográfica - reprodução de uma pequena cidade interiorana e seus costumes - pelo polo das quadrilhas, por um teatro de mamulengos, reverenciou uma grande estátua do "rei do baião" Luiz Gonzaga e tomou água em um restaurante instalado em meio à festa.

Durante todo o percurso, deu entrevistas. À afirmação de um repórter de que Pernambuco está dividido entre os candidatos Eduardo Campos (PSB) e a presidente Dilma (PT), ele considerou natural que Campos tenha uma "belíssima votação" no Estado que governou, e brincou: "Será que não sobra nenhum (voto) para a gente?"

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