Jornal Cruzeiro do Sul
Temendo protestos de ativistas, a organização do desfile "Entrada dos Carros de Lenha", atração que faz parte da programação comemorativa de aniversário de São Roque, decidiu não usar bois no tradicional evento, no domingo, dia 3 de agosto.
Segundo a organização do desfile, um manifesto na internet denominado "Não queremos a Entrada", somado a pressões e até ameaças telefônicas aos participantes orientou a decisão.
Embora não se saiba exatamente quem estaria disposto a barrar a apresentação que ocorre na cidade há mais de 130 anos, existe a suspeita, dentro da Prefeitura local, de que ação contra o uso de animais nos desfiles possa ser coordenada pelas mesmas pessoas que no ano passado invadiram o Instituto Royal e de lá retiraram cães da raça Beagle, utilizados em testes de laboratório.
A organização da festa afirma que chegou a protocolar oficialmente o pedido da liberação dos animais para o desfile na Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo com sede em Sorocaba. O documento foi autorizado e os bois liberados. Mesmo assim, devido às manifestações e ameaças de um possível tumulto durante o evento, os organizadores desistiram de desfilar com os animais.
Tradição centenária
O desfile é organizado pela Igreja de São Roque, sob responsabilidade de dois casais de festeiros. Em agosto, durante 16 dias, a festa de aniversário da cidade e do padroeiro São Roque, ganha diversas barracas, shows e parque de diversões onde toda a renda é voltada para as ações da igreja.
Uma das arrecadações é justamente a doação de lenha. Todo o material, que participa de um desfile, é doado à igreja, que faz a revenda.
Esse ato é simbolizado há 133 anos. Em 1880, o padre da época comprou uma imagem nova do padroeiro São Roque, vinda da França, país originário do santo. Para pagar a imagem, começou-se então um desfile com a venda da lenha doada à igreja.
As "Festas de Agosto" já existiam naquela época, mas a partir daquele momento, passou a contar com o desfile. Daí surgiu a participação dos bois, que eram o principal meio de transporte no interior e por isso puxavam as carroças com lenha.
Desde então, esses animais entram no desfile para lembrar a história de como era realizada essa parte dos festejos no século passado no município.
Desfile mantido
Os festeiros desse ano, Alexandre Marques e Fernanda Rulli e Ézio Marchi e Helena Marchi, informaram que o desfile está mantido, apenas não terá a presença dos bois. Os carros e caminhões com lenha, areia, carvão, água, pedra e outros produtos doados vão desfilar normalmente. Também haverá diversas apresentações como grupo de danças e encenações.
A entrada dos carros de lenha está marcada para o próximo domingo, 3 de agosto.
Temendo protestos de ativistas, a organização do desfile "Entrada dos Carros de Lenha", atração que faz parte da programação comemorativa de aniversário de São Roque, decidiu não usar bois no tradicional evento, no domingo, dia 3 de agosto.
Segundo a organização do desfile, um manifesto na internet denominado "Não queremos a Entrada", somado a pressões e até ameaças telefônicas aos participantes orientou a decisão.
Embora não se saiba exatamente quem estaria disposto a barrar a apresentação que ocorre na cidade há mais de 130 anos, existe a suspeita, dentro da Prefeitura local, de que ação contra o uso de animais nos desfiles possa ser coordenada pelas mesmas pessoas que no ano passado invadiram o Instituto Royal e de lá retiraram cães da raça Beagle, utilizados em testes de laboratório.
A organização da festa afirma que chegou a protocolar oficialmente o pedido da liberação dos animais para o desfile na Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo com sede em Sorocaba. O documento foi autorizado e os bois liberados. Mesmo assim, devido às manifestações e ameaças de um possível tumulto durante o evento, os organizadores desistiram de desfilar com os animais.
Tradição centenária
O desfile é organizado pela Igreja de São Roque, sob responsabilidade de dois casais de festeiros. Em agosto, durante 16 dias, a festa de aniversário da cidade e do padroeiro São Roque, ganha diversas barracas, shows e parque de diversões onde toda a renda é voltada para as ações da igreja.
Uma das arrecadações é justamente a doação de lenha. Todo o material, que participa de um desfile, é doado à igreja, que faz a revenda.
Esse ato é simbolizado há 133 anos. Em 1880, o padre da época comprou uma imagem nova do padroeiro São Roque, vinda da França, país originário do santo. Para pagar a imagem, começou-se então um desfile com a venda da lenha doada à igreja.
As "Festas de Agosto" já existiam naquela época, mas a partir daquele momento, passou a contar com o desfile. Daí surgiu a participação dos bois, que eram o principal meio de transporte no interior e por isso puxavam as carroças com lenha.
Desde então, esses animais entram no desfile para lembrar a história de como era realizada essa parte dos festejos no século passado no município.
Desfile mantido
Os festeiros desse ano, Alexandre Marques e Fernanda Rulli e Ézio Marchi e Helena Marchi, informaram que o desfile está mantido, apenas não terá a presença dos bois. Os carros e caminhões com lenha, areia, carvão, água, pedra e outros produtos doados vão desfilar normalmente. Também haverá diversas apresentações como grupo de danças e encenações.
A entrada dos carros de lenha está marcada para o próximo domingo, 3 de agosto.
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