Campanha de Dilma tem superávit de R$ 169 mil, e Aécio registra dívida de R$ 15 milhões

BRASÍLIA - A campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff teve superávit de R$ 169 mil, de acordo com coordenadores do comitê eleitoral. Já o comando da campanha do tucano Aécio Neves (MG) informou que ficou com uma dívida de R$15 milhões. As prestações de contas dos dois candidatos foram protocoladas nesta terça-feira no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A arrecadação petista foi de cerca de R$ 318 milhões. O limite de gastos protocolado pela campanha de Dilma Rousseff foi de R$ 383 milhões. A prestação de contas ainda não foi divulgada.
O tesoureiro da campanha do PSDB , José Gregori, diz que as doações tem um cronograma independente do prazo final do TSE, que venceu hoje, e que a arredação continua. Ele diz que como as parcelas são fatiadas, os R$15 milhões declarados na prestação final já caíram para R$13 milhões e até o final do primeiro semestre de 2015 a dívida estará zerada.
— São três ou quatro credores que já trabalham com o PSDB há muito tempo e sabem como trabalhamos. A dinâmica de datas das doações ultrapassam esse prazo fatal do TSE. O candidato Aécio , o partido e os credores estão tranquilos. Não há risco de calote. Há saldos de doações que continuam entrando — disse Gregori.
O teto inicial de gastos previstos pela campanha de Aécio foi de R$290 milhões que ficou longe de ser atingido no primeiro e segundo turnos. Nos dois turnos houve um gasto de 216 milhões, contra R$201 milhões arrecadados até o fechamento dos números apresentados ontem ao TSE. Nos últimos dois dias, entretanto, já entraram mais R$2 milhões.
— Realmente tivemos dificuldades na reta final. Mas esse saldo a pagar se repetiu também nas outras campanhas do PSDB e sempre foi honrado o pagamento. A campanha da presidente Dilma aumentou muito o teto de gastos, nós enxugamos — disse Aécio.
Na campanha de 2010 , quando José Serra foi candidato, a dívida deixada foi de R$ 9 milhões, que Gregori diz ser mais ou menos o mesmo valor de 2014, com as devidas correções. Entre os credores estão uma tipografias que produziram material gráfico e publicação de publicidade.
— O pessoal foi mais generoso do lado de lá ( da campanha de Dilma). Se davam quatro para o PT, davam um para a gente — disse o tesoureiro José Gregori.
Questionado se essa facilidade de cobrir os gastos de uma campanha milionária poderia ter na origem recursos de caixa dois, Gregori foi lacônico:
— Sabe-se lá, né?

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