Piscinões da capital estão abandonados e com lixo

Piscinão Aricanduva 2, na avenida Ragheb Chofi (zona leste), um dos visitados pelo Vigilante Agora

Rafael Ribeiro

do Agora
Os piscinões da capital não estão preparados para a temporada de chuvas.
Vigilante Agora visitou 14 de 20 piscinões da cidade na semana passada e constatou que a maioria está abandonada, com uso indevido ou em más condições, com muita sujeira e lixo acumulado.
Além disso, em dois deles, obras do governo do Estado tornaram os locais canteiros com máquinas, operários e materiais de construção.
Um dos problemas dos piscinões veio com a seca.
Sem água, eles viraram mesmo que proibido espaços involuntários de lazer.
No Pantanal (zona leste), a cerca não é impedimento.
No dia em que a reportagem esteve no local, crianças pulavam o obstáculo para brincar no espaço e havia até mesmo uma academia improvisada no local.
No Rio das Pedras (zona norte), a única placa restante alertando sobre a proibição da entrada é inútil, já que o portão principal fica aberto.
Com isso, crianças utilizam o espaço para brincar.
E viciados entram nos dutos de água vazios para se drogar.
"É um absurdo que isso fique largado desse jeito", diz Julia Mendes Couto, 51 anos, dona de um bazar ao lado.
Resposta
Prefeitura, Dersa (Desenvolvimento Rodoviário) e Metrô afirmam que as obras do trecho norte do Rodoanel e da linha 17 do metrô, apesar de usarem o espaço dos piscinões, não atrapalham sua funcionalidade.
O Metrô diz que mudará o tipo de construção.
No local do piscinão Jabaquara será construído o pátio dos monotrilhos que atenderão à linha 17.
Com isso, afirma, o reservatório passará a ser subterrâneo e com maior capacidade de captação de água.
Sobre a circulação de pessoas nas áreas de obras do Rodoanel, a construtora OAS diz que além de colocar seguranças faz trabalho educacional de prevenção nas escolas da região.
Resposta 2
A Secretaria de Coordenação das Subprefeituras informou que os serviços de limpeza dos piscinões obedecem critérios técnicos e de logística.
Segundo a prefeitura, até outubro foram recolhidos 150 mil metros cúbicos de detritos dos reservatórios.
O órgão afirma que parte da sujeira é colocada para decantar no próprio piscinão.
Depois de seca, diz a secretaria, é transportada para aterros sanitários.
Sobre os danos encontrados nas estruturas, a prefeitura informou que providenciará novas vistorias nos piscinões nas próximas semanas.
Prefeitura e PM dizem que irão apurar as denúncias de tráfico e outros crimes ocorridas dentro dos piscinões.

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