Trotes prejudicam serviços de emergência em Sorocaba

PM, Samu, GCM e Bombeiros recebem centenas de ligações diariamente.

Cerca de 10% são trotes, de acordo com as corporações.

Do G1 Sorocaba e Jundiaí
Os números de telefones de emergências, como 190, 192, 193 e 199, são muito importantes para ajudar a comunidade. O problema é que entre as centenas de ligações recebidas diariamente, grande parte são trotes, o que pode prejudicar pessoas que realmente precisam de atendimento. Em Sorocaba, cerca de 10% dessas ligações são brincadeiras sem graça alguma.
Segundo o capitão da Polícia Militar, Fábio Haro, a central telefônica da PM recebe mais de 3 mil ligações por dia, mas 50% são indevidas. Ainda conforme o policial, de 10% a 12% são trotes.
Além dos trotes e xingamentos feitos à corporação, algumas pessoas ligam para o telefone 190 para pedir informações que não tem relação com emergências, como, por exemplo, pedir informações de móveis.
Chamadas indesejadas também são recebidas na central do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e dos Bombeiros, que funciona no mesmo espaço. Em alguns casos, os atendentes conseguem identificar os trotes antes de encaminhar viaturas. Além das brincadeiras de mau gosto, muitas ligações de moradores da região de Campinas caem no serviço.
Segundo os oficiais, o problema é que as pessoas não digitam o número da operadora durante a ligação e o DDD, que é 19, acaba sendo confundido com os serviços 192 e 193.
O Samu chega a receber, em média, 730 chamadas por dia. Cerca de 70 são trotes, dizem os funcionários. No Corpo de Bombeiros são 300 ligações por dia e pouco menos de 30 são brincadeiras, feitas normalmente entre 17h e 18h, como explica o tenente da corporação, João Luiz Gomes Carneiro. “Os trotes prejudicam o tempo resposta e geram custos”, explica.
Outro serviço também prejudicado é a Guarda Civil Municipal de Sorocaba. A central da GCM recebe 530 chamadas por dia, mas 50 são trotes, de acordo com levantamento da entidade.
De acordo com o subcomandante Gilmar Ezequiel de Souza Oliveira, na maioria das vezes, estas ligações são feitas por crianças.

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