Execuções em alta na Indonésia contrariamente a tendência mundial

(Arquivo) Serge Atlaoui, francês condenado à morte na Indonésia por tráfico de drogas, é levado pela polícia após julgamento, em Jacarta, no dia 11 de março de 2015
As execuções de condenados à morte aumentaram drasticamente na Indonésia, em contraste com a tendência de queda mundial, indicaram nesta sexta-feira à AFP especialistas da Anistia Internacional, em um momento em que Jacarta se prepara para fuzilar nove estrangeiros, incluindo um brasileiro.
Segundo a Anistia, o número de execuções no mundo foi de 607 em 2014, o que representa uma queda de 22% em comparação com 2013, apesar de as condenações à morte terem aumentado 28%, para 2.466.
Nenhum condenado foi executado na Indonésia em 2014, mas seis foram mortos desde o início de 2015 e o governo assegurou que até o final do ano serão 20 no total.
Se este número se confirmar, a Indonésia alcançará o nível de 2014 de países como o Iêmen (22) e Sudão (23), mas atrás dos Estados Unidos (35) e bem longe a China e do Irã, onde centenas de execuções são realizadas a cada ano.
De acordo com um relatório da Anistia Internacional, a Indonésia executou cinco pessoas em 2013, nenhuma entre 2009 e 2012 e 10 em 2008.
Assim como outros países, a Indonésia justifica a pena de morte como uma arma contra a criminalidade, particularmente o tráfico de drogas.
É por esta acusação que nove estrangeiros, entre eles o brasileiro Rodrigo Gularte, serão executados em breve apesar dos apelos de famílias e governos.

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