Pacientes têm de levar água e comida a pronto-socorro

Regiane Soares

do Agora
Pacientes internados no pronto-socorro municipal de Itapevi (Grande São Paulo) e seus acompanhantes têm de comprar a própria comida ou levar marmita de casa.
Isso porque a unidade de saúde não oferece refeições nem água há cerca de um ano, segundo os pacientes.
A reportagem do Agora esteve ontem no pronto-socorro e presenciou acompanhantes comprando alimentos e visitantes chegando com sacolas com comida em pequenos potes.
Todos, pacientes, acompanhantes e visitantes, comiam juntos na sala de observação da unidade durante o horário de visita, das 13h às 14h.
A dona de casa Alessandra Maronka Oliveira, 44 anos, saiu da unidade por volta das 12h30 para comprar pão, rosbife, queijo e refrigerante para o pai, o aposentado Amavio Pinto da Silva Oliveira, 67 anos, internado desde a noite de sábado com uma crise de hipertensão.
Resposta
A Prefeitura de Itapevi informou que poderá começar a fornecer a alimentação aos pacientes do pronto-socorro municipal em 90 dias.
Nesse prazo, a prefeitura pretende concluir a licitação para contratar a empresa que vai preparar as refeições na cozinha construída na unidade.
Segundo a administração municipal, os pacientes ficam mais tempo internados porque a liberação de vagas em hospitais públicos do Estado é "extremamente lenta".
A Secretaria de Estado da Saúde informou que neste ano já atendeu 431 solicitações de Itapevi.
E cerca de 40% dos pedidos de transferência feitos pelo município são de pacientes que poderiam ser tratados na cidade.

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