Ministro do STF homologa delação premiada de chefe das empreiteiras da Lava-Jato

BRASÍLIA - O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou nesta quinta-feira a delação firmada em acordo pelo dono da UTC, Ricardo Pessoa, e a Procuradoria-Geral da República. Pessoa é apontado como o chefe do “clube das empreiteiras”, formado por empresas que se beneficiaram com as fraudes da Petrobras desvendadas pela Operação Lava-Jato. O acordo foi firmado no dia 13 de março. Em troca de uma pena mais amena, Pessoa revelou detalhes do esquema de irregularidades que se instalou na estatal.
Nos primeiros depoimentos, Pessoa citou pelo menos seis parlamentares – entre eles, o senador Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia. Lobão já é alvo de um inquérito no STF. Ele é suspeito de ter solicitado recursos do esquema para a campanha da ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney. Com a delação homologada, o teor dos depoimentos, que está em segredo, poderão ser divulgados.
CPI NÃO PODERÁ OUVIR RÉUS
O juiz Sérgio Moro decidiu nesta quinta-feira que os deputados que formam a CPI da Petrobras terão que encontrar novas datas para convocar para fazer as acareações do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, do doleiro Alberto Youssef, dos ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Renato Duque e do ex-gerente da estatal Pedro Barusco. Todos eles estão presos na Carceragem da Polícia Federal em Curitiba e teriam que ser levados à Brasília para participar da sessão na Câmara dos Deputados.
O depoimento dos acusados à CPI estava marcado para o começo de julho. Porém, eles também terão de acompanhar audiências da Justiça Federal nos mesmos dias escolhidos pelos deputados. Como têm direito de acompanhar os ritos processuais referentes às investigações em que são réus, nenhum deles poderá viajar.
O juiz pediu que a CPI indique novas datas, provavelmente na segunda metade de julho, para que o deslocamento dos réus seja feita sem prejuízos para a investigação.

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