Relator da reforma política na Câmara diz que
trabalha em nova versão do texto já que Câmara não chegou a um acordo para
votar projeto aprovado no Senado
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Isadora Peron, O Estado de S.Paulo
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Setembro 2017 | 17h53
BRASÍLIA - Relator da
reforma política na Câmara, o deputado Vicente Cândido (PT-SP) afirmou que
estuda incluir em seu projeto um teto para o fundo público que deve financiar
as campanhas em 2018 e que esse montante deveria chegar a, no máximo, R$ 2
bilhões.
Deputado Vicente Cândido (PT-SP), um dos
relatores da reforma política Foto: Felipe Rau/Estadão
"O texto do
Senado nascia com um piso, mas há clamor aqui na Casa para que haja um teto. Eu
gostaria de incluir isso no texto, mas não sei se consigo maioria. Esse é um
ponto sensível, que vai ser discutido até semana que vem", disse.
O relator trabalha em uma nova versão do
texto depois que os deputados
não chegaram a um acordo para votar o projeto aprovado pelo Senado.
Os parlamentares têm somente a próxima semana para aprovar novas regras para as
eleições de 2018.
A ideia é votar o
projeto já na próxima segunda-feira, 2, no plenário da Câmara para que o Senado
também tenha tempo de analisar a proposta.
Nesta quarta,
deputados não chegaram a um consenso e optaram por não votar o texto do Senado.
Entre os pontos que não agradaram aos deputados estava a composição do fundo,
as regras para distribuição dos recursos entre os partidos e um dispositivo que
limitava o Fundo Partidário, já previsto no Orçamento, a financiar somente
campanhas de candidatos que disputavam cargos majoritários (presidente,
governador, senador e prefeito).
Segundo Vicente Cândido, ele vai alterar esses
pontos, e incluir outras propostas no texto, para que o projeto não fique
apenas restrito à criação do fundo. Entre as propostas do petista, está um teto
para gastos de campanha, limites a doações de pessoas físicas e restrições a
divulgações de pesquisas eleitorais.
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