SP 247 - O prefeito João Doria (PSDB) anunciou que, até o fim deste mês, a farinata será incorporada à merenda escolar da rede de São Paulo.
Além de se antecipar a estudos sobre uma real necessidade do produto para as crianças, o anúncio pegou de surpresa a própria Secretaria de Educação, que não foi consultada sobre a decisão. Contraria, ainda, normas municipal e federal que regem a alimentação escolar.
A farinata é uma farinha feita com alimentos perto da data de validade que seriam descartados por produtores ou revendedores. O produto serve de base para o granulado alimentar que virou polêmica nos últimos dias, quando Doria divulgou que distribuiria o composto para famílias de baixa renda da cidade.
Em entrevista na manhã de quarta-feira (18), Doria disse que a Secretaria de Educação já tem autorização para utilizar o "alimento solidário" na merenda escolar, "de forma complementar".
"Com todas as suas características de proteína, de vitamina, de sais minerais, para a complementação desta merenda. E já com início neste mês de outubro", disse o prefeito. No anúncio, o secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider, nem sequer estava presente.
A alimentação escolar é orientada por legislação específica, de âmbito municipal e federal. A Secretaria de Educação tem ainda um departamento de merenda, a quem cabe definir o cardápio que seja condizente com a necessidade nutricional das crianças.
Confira vídeo da vereadora Sâmia, do Psol, sobre o escândalo da ração:
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