SP 247 - Durante Comissão de Saúde na Alesp, estudantes denunciaram sucateamento do HU/USP, prejudicando atendimento à população da região, risco de fechamento do setor de Pediatria, além de prejuízo ao aprendizado dos alunos de Medicina.
“A partir do dia 21, se não houver contratações, setor de Pediatria vai fechar. O reitor da USP sempre se recusou a fazer contratações no Hospital Universitário”, contestou a estudante Maria Luiza Corullon, da gestão do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade de São Paulo (USP).
Maria e outros estudantes, também membros do DCE da instituição, estiveram na Assembleia Legislativa paulista na última terça-feira (14) denunciando o desmonte do HU/USP, que em 2014 começou a enfrentar seus primeiros ataques sistemáticos por parte da reitoria, segundo o grupo.
Demissões que levam à falta de atendimento
Em novembro de 2014, os serviços do HU foram prejudicados devido ao Programa de Incentivo à demissão Voluntária (PIDV), posto em prática pela reitoria com a justificativa de diminuir gastos, fazendo com que a crise no hospital se intensificasse. O ato gerou 200 demissões e carga de trabalho extenuante aos funcionários remanescentes.
As denúncias dos estudantes ocorreram em dois momentos. Primeiro, na reunião da Comissão de Saúde da Alesp, a estudante falou da importância do hospital universitário da USP para formação e saúde da região oeste e do desmonte pelo qual tem passado em consequência dos dois planos de demissão voluntária, que geraram corpo clínico reduzido, sem conseguir atender demandas dos pacientes.
Além de anunciar que estão em greve até recompor quadro do hospital, Maria levou aos presentes uma das principais demandas do grupo, que pede audiência com novo reitor da USP, professor Vahan Agopyan, e com vice-governador Mário França.
Os membros do DCE também se reuniram na terça-feira com a Bancada de deputados do PT para pedir suporte na luta pela manutenção do Hospital Universitário.
"Não pode haver nada pior para a USP do que ampliar seu isolamento da sociedade. Esperamos que esse novo contato com a Alesp nos ajude a buscar uma solução para o Hospital Universitário através de audiências públicas, ou negociações com o governo nas Comissões Temáticas, mas principalmente que inicie uma nova relação entre a USP, o movimento estudantil e a casa", afirma Matias Cardomingo, graduado em Economia pela FEA /SP.
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