247 - A trapalhada promovida por alguns dos principais articuladores do Congresso nesta quarta (13) serviu, ao menos, para dar ao governo e aos parlamentares uma amostra grátis da reação que devem esperar. Além das oscilações da bolsa e do dólar, ascontradições sobre a questão da Previdência fizeram com que a Fitch, agência de classificação de risco, avisasse que, nesse cenário, rebaixará a nota de crédito do Brasil, o que deve encarecer financiamentos e desestimular investimentos.
Líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR) anunciou o adiamento da votação da reforma na tentativa de acalmar o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), que queria votar o Orçamento do próximo ano de qualquer jeito nesta semana, o que, na prática, sacramentaria o recesso.
Jucá disse a aliados ter tido aval da Casa Civil para fazer o anúncio do adiamento da votação das novas regras para a aposentadoria. O Planalto afirmou que, na reunião com ele, só se tratou sobre a votação do Orçamento.
Michel Temer, que estava no centro cirúrgico quando o bate-cabeça aconteceu, ficou preocupado. Henrique Meirelles (Fazenda) foi acionado para desmentir Jucá publicamente.
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